Com o final do Euro 2016, é hora de avançar com um balanço em relação aos melhores daquela que é a maior competição de selecções a nível europeu. Num ano em que Portugal surpreendeu o mundo do futebol com a sua primeira grande conquista, em que a França perdeu a sua primeira competição em casa e onde o País de Gales foi a grande sensação da prova, o Visão de Mercado apresenta aquele que foi o melhor 11 do torneio:
Rui Patrício (Portugal) - Decisivo nesta conquista, nomeadamente nas partidas diante da Polónia, onde defendeu a grande penalidade de Kuba, e na final, rubricando a sua melhor exibição de sempre com a camisola das quinas, somando três ou quatro intervenções de grande nível e que seguraram o nulo até ao golo português.
Sagna (França) - O mais regular da defensiva francesa. Após uma temporada bem sucedida a nível de clubes, o lateral do Man City realizou uma boa prova, destacando-se pela profundidade oferecida nos encontros em que a França era clara favorita, bem como pelo rigor defensivo nos desafios mais complicados. Aos 33 anos ainda é um dos melhores na sua posição.
Pepe (Portugal) - Começou de forma algo irregular, mas foi determinante na fase a eliminar, rubricando excelentes exibições diante da Croácia, Polónia e na final diante da França. Fortíssimo no desarme e na antecipação, o luso-brasileiro acrescenta um título de selecções à recheada carreira que possuía ao nível de clubes, sendo claramente um dos melhores jogadores da história do futebol português.
Bonucci (Itália) - Um esteio na muralha defensiva italiana, apenas vergada nas grandes penalidades perante a Alemanha. Rigoroso na marcação, forte no desarme e no jogo aéreo, o central da Juventus acrescentou ainda a sua qualidade técnica na primeira fase de construção, fazendo uso da sua elevada qualidade no passe longo. Na verdade, não surpreende a elevada cobiça de que está a ser alvo, visto que é um dos melhores centrais do futebol europeu.
Raphael Guerreiro (Portugal) - Agarrou como ninguém a oportunidade, destacando-se de forma clara na sua primeira prestação numa prova com este prestígio. Forte tecnicamente, agressivo e capaz de executar cruzamentos de grande nível (destaque claro para o centro na partida contra Gales), o novo lateral do Dortmund foi uma das confirmações da prova, sendo claramente uma das unidades mais da turma de Fernando Santos.
Kroos (Alemanha) - O cérebro da Mannschaft. Quando joga pela sua selecção, o médio do Real Madrid parece ganhar outra vida, deslumbrando os adeptos com a sua inteligência, visão de jogo e precisão de passe. Com o seu progressivo recuo no terreno faz cada vez menos golos, mas a velocidade e qualidade que confere à circulação de bola permitem-lhe ter o estatuto de um dos melhores médios da Europa, sendo imprescindível para qualquer treinador.
Ramsey (País de Gales) - O melhor médio da competição. Aos 25 anos, o galês está na plenitude dos seus recursos e foi determinante na grande campanha do País de Gales. Forte tanto a passar como a romper, o centrocampista do Arsenal exibiu toda a sua qualidade nos relvados franceses, sendo que a sua ausência na meia-final terá sido determinante para o menor rendimento dos galeses nesse desafio.
Bale (País de Gales) - O herói galês. Carregou a sua equipa durante vários encontros, nomeadamente na fase de grupos e no desafio dos oitavos de final, sendo que a presença na meia-final acaba por ser uma estreia brilhante a nível pessoal, naquela que foi a primeira presença dos galeses em fases finais de Campeonatos da Europa. Na verdade, depois de ser o mais jovem internacional de sempre e o mais jovem de sempre a marcar o primeiro golo ao serviço do País de Gales, Bale caminha a passos largos para se tornar no melhor futebolista de sempre daquele país.
Payet (França) - No início do torneio era apontado como provável suplente, mas Deschamps, fruto da excelente temporada no West Ham e do conhecimento das suas qualidades, ofereceu-lhe um lugar no 11 e o criativo não desapontou, entrando na prova a todo o gás. Posteriormente, o rendimento nunca foi tão constante como nos primeiros jogos, mas continuou a ser um dos principais desequilibradores dos gauleses. Tecnicamente fantástico, hábil e muito forte nas bolas paradas, Payet foi um dos principais destaques do finalista vencido.
Griezmann (França) - Não levou a taça para casa, mas leva como consolo os prémios de melhor jogador e de melhor marcador do torneio (6 golos). Começou mal, chegou a ser suplente, mas ainda foi a tempo de rubricar excelentes exibições, acabando todavia por perder a sua segunda final em dois meses. A mudança de sistema operada por Deschamps a meio do Euro acabou por ser decisiva, colocando-o numa zona mais central e permitindo-lhe deambular pelo terreno de forma livre e fazer uso da sua elevada capacidade de finalização. Decisivo diante de Albânia, Irlanda e Alemanha, acabou por não conseguir ter a mesma eficácia na final.
Nani (Portugal) - Não realizou um Europeu exuberante, mas foi determinante em quase todas as partidas, sendo um dos melhores marcadores da prova (3 golos). Extraordinário a gerir os ritmos de jogo e capaz de colocar a sua qualidade técnica ao serviço da equipa, adaptou-se bem a uma nova função em campo e revelou igualmente um elevado instinto goleador. Dos 9 golos apontados pela equipa das equipas, Nani esteve presente em 5. A tudo isto juntou um trabalho na frente, onde quase teve de se multiplicar, pela maneira como condicionou a saída de bola dos adversários.
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