Melhor 11 sub-21 de 2014-15 em Portugal

Com o fim da época 2014/2015, é a hora de o Visão de Mercado destacar os melhores. Como sempre há critérios para respeitar, como a relação entre o sucesso coletivo e a prestação individual ou o peso e influência que os jogadores tiveram nas suas equipas, para que não ocorram injustiças com aqueles que foram de facto os mais capazes. Posto isto, indicamos aquele que foi o melhor 11 do Ano em Portugal, considerando apenas elementos com idade sub-21, ou seja que tenham nascido em ou depois de 1993:

Guarda-redes: Ederson (Rio Ave) - Não começou a época a titular, mas fruto da sua qualidade conseguiu ganhar o lugar a Cássio (o que não é fácil) e acabou o ano em grande. Guarda-redes muito alto, conhecido pelo seu pontapé canhão, e que evoluiu muito este ano. Está muito mais forte ao nível do posicionamento e nas saídas.

Lateral Direito: Bruno Gaspar (Vitória) - Uma das boas surpresas do Ano. No Benfica B até jogava muitas vezes do lado esquerdo mas com Rui Vitória assumiu-se como lateral direito. Um lateral moderno, com uma boa capacidade física, competente a defender e que procura sempre dar profundidade ao seu corredor. Uma lesão, já na parte final da temporada, impediu que fosse convocado para o Europeu sub-21.

Lateral Esquerdo: Afonso Figueiredo (Boavista) - Membro integrante da equipa sensação do campeonato (por muitas criticas que se possam apontar ao estilo de jogo, a manutenção garantida com relativa facilidade/naturalidade atendendo às várias circunstâncias é simplesmente notável), o lateral esquerdo notabilizou-se como uma das figuras da equipa (na defesa foi o elemento mais consistente) e já fez por merecer um lugar nos sub 21 de Portugal.

Centrais: Frederico Venâncio (Vit. Setúbal) e Fábio Cardoso (Paços de Ferreira) - O pacense, que tinha ganho estatuto de goleador na 1.ª metade da época no Benfica B, não teve problemas em ganhar o lugar no conjunto de Fonseca. Ou com o capitão Ricardo ou ao lado de Rafael Amorim o benfiquista afirmou-se, revelou qualidade na saída de bola e força no jogo aéreo; Já o sadino foi um dos 3 elementos mais regulares na fraca época do Vit. Setúbal. Venâncio, com o seu 1,86m, impõe-se pelo ar, mas também consegue acompanhar bem avançados rápidos. Este ano realizou quase 40 jogos, sempre com boa regularidade exibicional e ganhou outro estatuto na I Liga (Miguel Rodrigues, por outro lado, desapareceu do radar).

Médio Defensivo: Danilo (Sp. Braga) -  O internacional pelas camadas jovens da Canarinha obteve um impacto imediato no nosso campeonato, assumindo-se desde logo como o melhor médio defensivo em Portugal na primeira metade da época, fazendo uma parelha fantástica com Pedro Tiba. Com boa envergadura física, Danilo não se limita ao momento defensivo e à primeira fase da construção, não sendo por isso raras as vezes em que se envolve na manobra ofensiva no último terço do terreno. Na 2.ª parte da temporada perdeu um pouco o fulgor, mas um jovem ainda com idade juvenil ter este impacto na 1.ª época na Europa não é para todos.

Médios interiores: Óliver (FC Porto) e João Mário (Sporting) - Dois jovens que espalharam técnica e principalmente poder de decisão, algo que separa os jogadores apenas tecnicistas dos bons jogadores. O espanhol não teve problemas em assumir-se no meio campo de Lopetegui e depois de Jackson foi mesmo o elemento portista, do meio campo para a frente, mais regular. Tendo juntado às boas exibições 7 golos. Enquanto que o médio leonino desde cedo "roubou" o lugar a André Martins e assumiu-se como uma das principais unidades do Sporting. Numa fase da época chegou a ser JM e mais 10 no conjunto de Marco Silva, o que permitiu ao médio ganhar até estatuto de jogador de selecção AA.

Médio Ofensivo: Talisca (Benfica) - Enquanto não apareceu o "fenómeno" Jonas, foram os golos do magro esquerdino que desbloquearam muitas partidas a favor do campeão nacional. Impacto tremendo na 1.ª fase da época (até foi chamado à selecção principal do Brasil), o que permitiu à equipa de Jesus ir consolidando a liderança. Mesmo na Champions a única vitória das águias teve o seu contributo. Será curioso perceber que Talisca vamos ter em 2015-16, o da 1.ª metade do ano ou este último, menos preponderante, a acusar a saída de Enzo e o pouco à vontade em posições como 2.º médio ou extremo. Mas para um jovem de 20 anos, na 1.ª temporada na Europa, marcar 9 golos na Liga, não é um mau cartão de visita.

Segundo avançado: Mané (Sporting) - Nem sempre foi titular mas depois de Óliver, Talisca e Hassan foi o jogador sub-21 com mais golos na I Liga. Um extremo que potencia melhor o seu futebol quando aparece em zonas interiores e que se destaca por juntar à velocidade e técnica uma peculiar aptidão para marcar golos, algo raro nos jogadores portugueses. No global apontou 9 golos em 40 jogos.

Avançado: Hassan (Rio Ave) - Acabou a época como 5.º melhor marcador da Liga apesar de só ter participado em 22 jogos (e apenas 17 como titular). E deixou a ideia que não fosse a lesão, na partida frente ao Benfica, podia ter ficado perto dos 18 golos (o que para um jogador fora dos 3 grandes é uma marca assinalável). Um ponta-de-lança alto, forte no jogo aéreo, mas que tem uma mobilidade interessante e que teve o mérito de se voltar ao nível que apresentou há 2 anos depois de um 2013-14 em que não correspondeu às expectativas. 

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