Benfica consolida liderança novamente contra 10

Moreirense 1-3 Benfica (João Pedro 35'; Luisão 58',  Eliseu 65' e Jonas 73')

À semelhança do duelo na 1.ª volta o Moreirense esteve em vantagem mas o Benfica, depois de ficar a jogar contra 10 (até o minuto da expulsão foi igual), conseguiu a reviravolta (novamente um 3-1). Triunfo que permite aos encarnados consolidar a liderança na Liga e pressionar assim o FC Porto. Isto depois de um encontro intenso, polémico, como tem sido apanágio neste campeonato, com os encarnados a conseguiram "carregar" a defesa do conjunto de Moreira de Cónegos durante um bom período mas sem conseguirem ultrapassar Marafona e que ficou resolvido em 2 minutos. Luisão empatou na sequência de um canto, que motivou protestos dos anfitriões já que o árbitro se equivocou (era pontapé de baliza) e passado 2 minutos André Simões, o melhor elemento do Moreirense, viu o cartão vermelho alegadamente por palavras, já que a bola nem estava nesse local e até estava na posse da equipa da casa.

Quanto à partida, entrada forte do Benfica, mas a 1.ª oportunidade até foi do Moreirense. Alex em boa posição atirou ligeiramente ao lado. Os encarnados responderam por intermédio de Lima, remate perigoso, depois foi Jonas num canto a atirar ao poste. Pizzi também teve um bom remate, com a bola a passar perto do poste. Mas o Moreirense conseguiu suster essa pressão inicial e numa fase em que estava a equilibrar o jogo aproveitou uma falha de André Almeida para inaugurar o marcador. João Pedro sozinho à entrada da área teve tempo para tudo e com um remate colocado fez o 1-0. Resultado que não traduzia o que se tinha passado nos primeiros 45 minutos, mas a verdade é que o Benfica também pouco tinha criado. Na 2.ª parte, em desvantagem no marcador, as águias instalaram-se de vez no meio campo contrário, mas não estavam a encontrar soluções para superar a defesa contrário até que se dão os casos que mudam o jogo. Primeiro Luisão de cabeça, na sequência de um canto polémico, inaugurou o marcador, e depois dá-se a expulsão de André Simões, que do nada viu vermelho directo e deixou a equipa da casa a jogar os últimos 30 minutos com 10. Um episódio que até proporcionou invasões de campo dos 2 treinadores, tendo ambos recebido ordem de expulsão. Em superioridade numérica o Benfica acentuou a pressão e rapidamente "matou" o jogo. Primeiro por intermédio de Eliseu, com um remate à entrada da área, num lance em que Marafona (que no lance anterior tinha feito uma boa defesa) fica mal na fotografia. E passado 7 minutos Jonas deu sequência a uma jogada de Salvio e fez o resultado final.

Moreirense - Equipa organizada, que estava a saber contrariar a pressão do Benfica e que, à semelhança da 1.ª volta, até conseguiu chegar à vantagem, embora também tenha feito pouco para o justificar. Com a expulsão o jogo ficou sem história para os anfitriões. Mesmo assim nota para a qualidade técnica de João Pedro (excelente golo e bons pormenores), Battaglia também esteve em destaque na 1.ª parte com a sua capacidade em ter bola, e André Simões encheu o campo. A defesa também não vacilou até ao 1-1. Já Marafona foi do 80 ao 8. Boa 1.ª parte, sempre seguro nas suas intervenções, mas no 2.º tempo, depois de ter visto o amarelo logo nos primeiros minutos, cometeu alguns erros tendo tido culpas nos golos.

Benfica - Objectivo cumprido e uma vitória que se justifica. As águias tiveram 18 remates contra 3, 15 cantos contra 3, mais ataques, muito mais posse (quase 70%), e em vários períodos carregaram a defesa do Moreirense. no entanto, a verdade é que até ao minuto 58, apesar do domínio o conjunto de Jesus estava a demonstrar algumas dificuldades em criar oportunidades (exceptuando as situações de bola parada, os lances foram nulos), e muitas das estatísticas são fruto das incidências do jogo, já que o Moreirense, reduzido a 10 nos últimos 30 minutos, acabou por se desmoronar. A nível individual, Almeida substituiu Samaris mas falhou no lance do 1-0; Artur, apesar de pouco testado, demonstrou algumas dificuldades em jogar com os pés (os adversários sabem da sua lacuna e pressionam sempre esse momento); Ola John também foi pouco influente no momento ofensivo; Pela positiva Jonas, claramente o elemento mais esclarecido do ataque encarnado, num jogo pouco inspirado das individualidades do conjunto de Jesus.

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