O Al-Ahli, da Arábia Saudita, confirmou no seu site oficial a aquisição de Bruno César. "Chuta-Chuta" deixa o Benfica por uma verba a rondar os 5,5 milhões de euros (sensivelmente o que custou aos encarnados, no entanto recordamos que as águias só detinham 85% do passe do brasileiro) e reforça os sauditas nas próximas 3 épocas e meia. VM - Desde cedo pareceu evidente que, numa lógica de reduzir custos e realizar encaixes financeiros (devido ao falhanço na LC), os encarnados deviam abdicar de pelo menos 2 jogadores neste defeso de Inverno. Nesse sentido, quatro elementos (por estarem a ser pouco utilizados) reuniam condições para sair neste defeso de Inverno: Gaitán, Nolito, Aimar e Bruno César (com o regresso de Nico ao 11, este lote ficou reduzido a 3). Como tal, a saída de Chuta-Chuta, não só não surpreende, como se enquadra perfeitamente na lógica de uma política desportiva equilibrada. Fica a dúvida, se poderia ter rendido mais em termos desportivos (nunca teve uma verdadeira oportunidade de se afirmar numa zona mais central, algo que com a possível saída de Aimar até podia se proporcionar), já que a nível financeiro o negócio foi apenas q.b. (conseguir encaixar 5,5 milhões por um suplente é excepcional, mas tendo em conta o que o brasileiro custou a balança fica equilibrada). Posto isto, deixamos três notas: 1º - Um reparo aos adeptos (não só do Benfica, mas em geral). Nunca é bom para um atleta sentir-se "tão pouco acarinhado", e estranhamente, não só porque foi dos poucos negócios que o clube da Luz ganhou ao FC Porto nos últimos anos (os dragões estavam fortemente interessados em Chuta-Chuta quando o brasileiro ingressou na Luz), mas principalmente pela excelente época passada que realizou (apontou 10 golos na Liga e 2 na LC, números que noutra equipa faziam do brasileiro um destaque), Bruno César, talvez pelas suas condições morfológicas sempre foi pouco apreciado na Luz (ao mínimo ser erro, ser assobiado, não dá confiança a ninguém). 2º - Como é óbvio, o Benfica não vai ficar mais forte com a sua saída (é internacional AA pelo Brasil, faz golos com relativa facilidade, e apesar do seu aspecto físico é uma espécie de "falso-lento" que tem mais qualidade do que a que apresentou em 2012-13). No entanto, esta transferência pode proporcionar que elementos da equipa B (Miguel Rosa, Ivan Cavaleiro) tenham mais espaço (e para estar no banco ou bancada servem perfeitamente, pelo menos numa perspectiva de curto-prazo). 3º - Acreditamos que tenha sido "empurrado" para fora da Luz, mas custa sempre perceber o que leva um jogador de apenas 24 anos a deixar já nesta fase a ribalta do futebol e na teoria cair no esquecimento. Bom negócio para o Benfica? Considerando que para Jesus foi sempre mais uma ala, é necessário uma investida ao mercado para substituir o brasileiro (os encarnados contam com Ola John, Salvio, Nolito, Gaitán...e até Melgarejo, Rodrigo e Enzo)?
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