O Benfica estreou-se na liga frente ao Sp. Braga. O embate entre os encarnados e os minhotos ficou marcado pela estreia de Melgarejo, depois de Jorge Jesus escolher o paraguaio como o novo lateral-esquerdo das águias. Com um autogolo e uma exibição pouco conseguida, as críticas foram inúmeras e todos os analistas apontavam o lado esquerdo da defensiva encarnada como uma debilidade (para não variar) a ser explorada pelos adversários. Contudo, e com a temporada a seguir o seu percurso normal, o problema revelou-se não estar apenas e só no lado esquerdo da defesa, mas também (e principalmente) na faixa direita. Maxi Pereira está longe, muito longe da forma que já evidenciou ao serviço dos encarnados.
Na temporada passada, o internacional uruguaio chegou a Portugal sem férias, depois de ter actuado na Copa América. Chegou, viu e venceu, pois Maxi Pereira foi um dos jogadores em melhor forma do Benfica no decorrer da temporada passada (
ver aqui), jogando sempre em alta rotação. Sem ser um prodígio técnico, "Super Maxi" é um jogador essencial para Jorge Jesus e no onze encarnado. Em matéria defensiva, empresta à equipa toda a sua raça, entrega e espírito de luta; ofensivamente, Maxi invade o espaço do adversário constantemente, criando desequilíbrios no adversário. As suas subidas pelo corredor direito ganham cada vez maior influência na forma de jogar do Benfica. Quando se pensava que 2012/13 seria mais uma temporada "à la Maxi", a verdade é que o defesa de 28 anos está muito abaixo do esperado e daquilo que já mostrou no nosso país. O que é estranho, diga-se. Pela primeira vez em muitos anos, o uruguaio teve direito a férias, ou seja, pode descansar e recarregar baterias para enfrentar mais um ano. Todavia, o lateral encarnado parece um jogador vulgar. As suas exibições têm sido pobres, muito pobres (excepto os jogos frente a Beira-Mar e Gil Vicente, respectivamente). Tem cometido inúmeros erros defensivos (alguns deles infantis) e é batido facilmente pelos oponentes. Para além disso, ofensivamente pouco ou nada tem oferecido à equipa. A vida de um jogador de futebol é feita de momentos. Apesar de estar como pedra e cal no onze encarnado, Maxi Pereira encontra-se fora de forma e isso tem sido visível. Pelo menos, nestes dois primeiros meses de competição, o internacional uruguaio está longe daquilo que já produziu na Liga ZON-Sagres.
Não existe uma alternativa credível a Maxi Pereira, pelo que este se mantém como titular no onze encarnado. Caso existisse alguém capaz de ombrear com o uruguaio, este já teria ido para o banco? A que se deve esta quebra de rendimento? Ao facto de não existir ninguém "que sente" Maxi? Ou é apenas uma má fase do uruguaio? Para quando uma aposta em João Cancelo?