NBA: Quem lucra com o lockout é a Europa e a China!

O lockout na NBA já dura há 147 dias, sendo que as próximas 72 horas serão decisivas para colocar um ponto final na "greve" de jogadores e donos das equipas. Ainda não se fazem contas aos milhões de dólares perdidos (NBA, jogadores, tv´s e patrões), muito menos às pessoas que ficaram sem emprego em virtude do encerramento de várias actividades ligadas à Liga. Entretanto, alguns jogadores, como forma de continuar a jogar ao mais alto nível e de receber um salário chorudo, abriram as portas aos campeonatos europeus e à Liga Chinesa. O site da ESPN conta mais de 70 saídas dos EUA para a Europa e China, entre os quais alguns dos jogadores mais conhecidos da NBA.

Deron Williams foi um dos primeiros a "fugir" do continente norte-americano, tendo rumado aos turcos do Besiktas, enquanto que Lamar Odom se juntou ao PG no dia de hoje. Sasha Vujavic e Ersan Ilyasova (Anadolu Efes), Darius Songaila e Zaza Pachulia (Galatasaray), Mehmet Okur (Turk Telekom) e Thabo Sefolosha (Fenerbahçe) também rumaram à Turquia. Em Espanha, Rudy Fernandez e Serge Ibaka reforçaram o Real Madrid, Goran Dragic, Reggie Williams, Joey Dorsey e Kevin Seraphin rumaram ao Caja Laboral, enquanto que Tiago Spitter reforçou o Valencia. Acie Law e Nikola Pekovic (Partizan), Nikola Vucevic (Buducnost), TJ Ford (KK Zagreb) mudaram-se para os balcâs, enquanto que Mario West (Tezenis Verona), Von Wafer (Vanoli Cremona), Brian Scalabrine, Jeff Adrien e E´Twaun Moore (Benetton Treviso), Danilo Gallinari (Olimpia Milano), Chris Douglas-Roberts (Virtus Bologna) e David Andersen (Montepaschi Siena) trocaram os EUA pela Itália. Para França viajaram Lavoy Allen e Justin Harper (Strasbourg), Tony Parker, Ronny Turiaf e Hilton Armstrong (Lyon-Villeurbanne), Nicolas Batum (Nancy), Boris Diaw (Bordeaux) e Ian Mahinmi (Le Havre). Israel recebeu Sean Williams (Maccabi Haifa), Ekpe Udoh (Bnei HaSharon), Jordan Farmar e Omri Casspi (Maccabi Tel Aviv) e Craig Brackins (Maccabi Ashdod). Sonny Weems e Ty Lawson (Zalgiris Kaunas), Chris Quinn e Timofey Mozgov (Khimki), Nenad Krstic e Andrei Kirilenko (CSKA Moscovo) rumaram mais a leste. Leandro Barbosa regressou a casa (Flamengo), o mesmo se passando com Andres Nocioni (Penarol) e Patty Mills (Melbourne Tigers). Aaron Brooks e Yi Jianlian (Guangdong Tigers), Wilson Chandler (Zhejiang Lions), Dan Gadzuric e Luther Head (Jiangsu Dragons), Kenyon Martin (Xinjiang Flying Tigers), Josh Powell (Liaoning Dinosaurs) e JR Smith (Zhejiang Golden Bulls) reforçaram emblemas chineses, numa entrada em cheio no enorme mercado daquele país.

A lista de "imigrantes" é elevada e, caso o lockout continue até final da temporada, Chris Paul e Carmelo Anthony (China), Dirk Nowitzki (Real Madrid?), os irmãos Gasol (Barcelona?), LaMarcus Aldridge, entre muitas outras estrelas, poderão cruzar o Atlântico (para a Europa) ou o Pacífico (para a China).

Uma boa notícia para a China e Europa, contudo, uma temporada sem Orlando Magic, New Orleans Hornets ou LA Lakers nunca será o mesmo. As estrelas rumaram a outros palcos, continuam a mostrar serviço (a Euroliga está ao rubro, bem como a Liga ACB) e a competitividade nunca foi tão grande na Europa. Caso o lockout continue, a Europa e a China continuarão a lucrar? Quem mais ganhou com a crise na NBA?

Etiquetas: