FC Porto bate Vitesse; Corona e André Silva mascaram fragilidades defensivas; Izaguirre vence no Tour, Froome confirma triunfo na geral

Vitesse 1 - 2 Porto (Lewis 17'; Corona 79' e André Silva g.p 83')

No 3.º jogo de pré-temporada, o segundo em território Holandês, os dragões conseguiram bater o Vitesse por 1-2, depois de um início de jogo pouco prometedor. Os erros defensivos individuais e colectivos marcaram uma exibição enfadonha e que só depois da entrada de vários elementos ganhou algum fôlego. A última meia hora da partida acabou por ser decisiva, com Corona, André Silva, João Carlos Teixeira, Bueno, Otávio e Herrera a trazerem outra dinâmica, presença na área e agressividade no último terço. NES alinhou com Casillas, Varela, Chidozie, Reyes e Layún; Rúben Neves, André André e Josué; Hernâni, Brahimi e Aboubakar e os principais destaques individuais estiveram em Corona, André Silva e Bueno, ao passo que a dupla de centrais desiludiu (Chidozie acumulou vários erros de posicionamento) e o guardião Espanhol não transmitiu segurança no momento de sair dos postes.

Quanto ao encontro, os portistas voltaram a dar uma pobre imagem, desta vez sem o domínio territorial que mostraram frente ao PSV. A equipa mostrou limitações sem bola e o Vitesse aproveitou para se adiantar na partida logo aos 17', depois de Lewis aproveitar o espaço concedido pela última linha dos dragões, em face de uma entrada fora de tempo de Chidozie. Até ao final da primeira parte o melhor lance acabou por resultar num pedido de grande penalidade de Aboubakar, ele que tentou finalizar a melhor jogada do Porto nos primeiros 45 minutos. E se no segundo tempo a bola esteve do lado dos azuis e brancos, o mesmo não se pode dizer daquilo que foi feito na fase de criação. As melhores oportunidades estiveram do lado da equipa da casa, inclusive uma bola na trave, a segunda (após um mau controlo de cruzamento de Casillas), e as melhores oportunidades surgiram de remates exteriores de Brahimi ou Varela. Até final da partida, e já num contexto de várias alterações, Corona apontou o golo da igualdade na sequência de uma segunda bola que surgiu após um pontapé de canto. Os dragões continuaram a perseguir a vitória e viriam a ser recompensados com uma grande penalidade, já nos últimos 10 minutos, exemplarmente convertida por André Silva que selou o resultado final.

FC Porto - Em mais um jogo no ritmo de pré-época, os dragões mostraram duas caras, uma com o 11 inicial e outra já depois das várias alterações que Nuno promoveu. Ainda assim, é preocupante o estado em que a equipa se encontra, levando em linha de conta o facto de começar a temporada mais cedo em virtude da importante eliminatória que terá para a liga dos campeões. Colectivamente, o alarme soa na ligação entre sectores que não é visível, o que expõe em demasia um quarteto defensivo que por si só está debilitado individualmente e com demasiada instabilidade. Resultado disso foi a má exibição da dupla de centrais com Chidozie em evidência negativa, ligado ao golo do Vitesse, para além de ter abordagens demasiado infantis neste contexto. Para além do Nigeriano, Varela não convence a lateral (parece apenas um remendo nesta fase), Layún não esteve ao nível habitual e, no meio campo, todos os elementos acabaram por não ter um impacto positivo no jogo. Com a entrada de Bueno as melhorias foram notórias, aproximando-se mais de Aboubakar e ajudando a ligar a equipa por via da sua colocação entre-linhas, o que aliado a João Carlos, Corona e Otávio permitiu um jogo completamente diferente daquele que se viu numa primeira fase. Por fim, destaque negativo para Casillas que somou indecisões na saída a cruzamentos e custou alguns calafrios.

Vitória que limpa um pouco a imagem da Movistar, numa etapa onde se esperavam muitas movimentações, algo que não se veio a concretizar - Na 20ª etapa do Tour, Ion Izaguirre (Movistar) venceu na chegada a Morzine-Avoriaz e garantiu o primeiro triunfo da equipa na prova, bem como o primeiro de um espanhol nesta edição, chegando isolado à meta depois de uma excelente descida. Atrás de si chegaram Jarlinson Pantano (IAM) e Nibali (Astana), que faziam igualmente parte da fuga que animou a jornada. Na geral, a Sky controlou completamente as operações (Nieve e Poels nem entraram ao trabalho) e como tal Froome segurou o 1º posto sem incidentes. Rodríguez (Katusha) foi o único a mexer, ascendendo ao top-10 (é 7º na geral individual), enquanto que Kreuziger (Tinkoff), que também esteve na fuga, carimbou presença no 10º lugar, beneficiando da quebra de Bauke Mollema (Trek). Já Aru voltou igualmente a ceder, de nada valendo o trabalho da Astana na etapa, enquanto que Sagan foi eleito o ciclista mais combativo desta edição.