Boas indicações do Benfica; Grimaldo, Horta e Guedes destacaram-se; Fejsa continua a impressionar; Jardel e Salvio também já estão num bom nível competitivo

Wolfsburg 0-2 Benfica (Mitroglou 63' e Jonas 90'+1)

O Benfica saiu por cima no teste mais complicado que teve até ao momento nesta pré-época, com uma vitória frente ao Wolfsburgo que até peca por escassa tal foi a superioridade. Perante um adversário que esteve nos quartos-de-final da Champions, os encarnados deixaram já, ao nível da pressão, capacidade de encurtar o campo, e velocidade no momento ofensivo, boas indicações, num jogo que fica marcado pelo regresso à competição de Júlio César, que não jogava desde 29 de Fevereiro. Guedes ganhou pontos a jogar a 2.º avançado, Grimaldo e Horta também se destacaram, Salvio voltou a entrar bem na 2.ª parte, e tanto Fejsa (encheu o campo) como Jardel parecem nem ter tido férias, tal é o nível competitivo que já apresentam.

No que respeita ao encontro, os encarnados iniciaram a partida a grande velocidade, com muita mobilidade na frente de ataque e já com um nível de entrosamento defensivo bastante considerável para esta para esta fase da temporada. O Wolfsburgo só por uma vez conseguiu criar perigo junto de Paulo Lopes, ainda nos primeiros 10 minutos, mas o guardião respondeu a grande nível. A partir de então o comando das operações esteve do lado do Benfica e foi com alguma naturalidade que surgiram algumas situações de perigo, ambas por Mitroglou (Guedes criou bastante) que Benaglio travou com várias defesas apertadas. A 2.ª parte, que teve como destaque a entrada de Júlio César no lugar de Paulo Lopes, começou logo com uma grande iniciativa de Salvio mas Mitroglou não conseguiu finalizar. O Benfica estava melhor e Mitroglou, que só teve de encostar, depois de uma assistência de Guedes, fez o 1-0 (Horta iniciou o lance com um grande passe). Até final as águias continuam a dominar, Grimaldo e Salvio deram espectáculo em acções individuais, mas só nos descontos voltaram a marcar, com Jonas a facturar numa recarga depois de ter oferecido o golo a Jiménez.

Benfica - Naquele que foi o mais duro teste da pré-época a resposta dos encarnados não podia ter sido melhor. Rui Vitória voltou a dar minutos na posição 8 a André Horta, deu continuidade a Guedes como segundo avançado, tendo voltado a rodar vários elementos com o decorrer da partida. As principais notas colectivas do jogo vão para a qualidade defensiva demonstrada em toda a partida (Paulo Lopes raramente foi chamado a intervir, Júlio César ainda menos), com uma grande coordenação da última linha (os homens do Wolfsburgo foram quase sempre apanhados na armadilha do fora de jogo) que beneficia ainda do efeito multiplicador de Fejsa que cobre uma grande área do terreno com uma disponibilidade física anormal. Os avançados são também importantes na organização, algo que é mais visível com Guedes na posição, ele que é bastante empenhado nessas tarefas e agressivo na pressão (já o mostrava na temporada passada embora noutra posição). Ofensivamente, e hoje com um lateral direito menos propenso ao ataque, a equipa não se ressentiu e viveu da enorme mobilidade de Guedes, Cervi e Pizzi, para além da qualidade técnica de Horta (vários passes de grande qualidade) e da profundidade oferecida por Grimaldo. Sendo assim, a nível individual, os maiores destaques vão para Fejsa (o melhor em campo, absolutamente decisivo na posição 6) e Jardel (o patrão da defesa e com as suas capacidades intactas ao nível da velocidade e agilidade), havendo ainda Guedes a grande nível, Grimaldo a ganhar pontos e Horta com uma exibição bem melhor do que no último jogo frente ao Sheffield.

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