Mais FC Porto mas os golos não apareceram; Danilo Pereira mandou na 1.ª parte; Brahimi desequilibrou; Aboubakar ganhou pontos

O FC Porto venceu o Valencia nas grandes penalidades (5-4), depois de um nulo nos 90 minutos e somou a sua 3.ª vitória na pré-época. Os dragões foram mais fortes na grande maioria do encontro e podiam ter mesmo vencido no tempo regulamentar, mas a justiça foi feita nas grandes penalidades. Logo aos 2 minutos, Aboubakar acertou na trave depois de uma envolvência com Maxi e deu um aviso do que podia ser o jogo. O FC Porto pressionava muito subido e ia recuperando várias bolas no meio campo do Valência e dois minutos depois, Danilo Pereira num remate em arco de fora de área esteve perto de fazer golo. Até final da primeira parte, nota para mais uma jogada entre Maxi e Aboubakar, na qual o camaronês rematou ao lado. No segundo tempo, o Valencia entrou disposto a criar oportunidades e logo aos 49', depois de um dos poucos erros defensivos dos azuis-e-brancos, Parejo tentou colocar a bola no poste mais distante, mas Indi estava no caminho. O encontro desenrolava-se para o final e o ritmo baixava, com destaque para mais duas oportunidades dos dragões. Aos 74' foi André Silva na sequência de um livre lateral marcado por Hernâni a atirar ao lado, sendo que em cima do minuto 90', Sérgio Oliveira, num fantástico pontapé de pé esquerdo à entrada da área acertou na trave. Na primeira parte Lopetegui alinhou com: Casillas; Maxi, Maicon, Marcano, Alex Sandro; Danilo Pereira, André André, Evandro; Tello, Brahimi, Aboubakar. Indi, Imbula (que substituiu Herrera, que tinha rendido Evandro logo aos 21') e Varela entraram ao intervalo, enquanto que Ricardo Pereira, Rúben Neves, José Ángel, Hernâni, André Silva e Sérgio Oliveira também tiveram direito a minutos.

Destaques:

FC Porto - Já se notaram mais as ideias de Lopetegui neste encontro. A equipa pressionou em blocos vincados e bem subidos no terreno e com isso criou dificuldades à primeira fase de construção da equipa Che. O problema é que o meio campo continua a não oferecer o apoio que o ataque precisa e com isto o corredor central produz pouco ofensivamente, o que obriga que sejam os extremos, que abusam dos movimentos interiores, a terem de produzir alguma coisa, já que o ataque tem estado pobre. Individualmente, destaque para Danilo Pereira, talvez o homem mais em foco no primeiro tempo. O ex-Marítimo esteve seguro com bola no pé, fechou bem os espaços no momento defensivo e foi a "besta" nos choques e duelos físicos que se esperava. Brahimi também encantou com a sua técnica, mas foi desaparecendo ao longo do tempo. Já Aboubakar lutou imenso na área, ganhou inclusive alguns duelos a uma das melhores duplas de centrais do futebol mundial, mas não foi feliz na finalização. O resto da equipa não esteve mal, embora Maicon tenha "inventado" um pouco na primeira parte na saída de bola, André André não tenha oferecido grande largura ao jogo ofensivo dos portistas e Tello tenha passado despercebido (exige-se mais ao catalão).

Valencia - Apesar de o resultado não ter sido propriamente desprestigiante, a equipa de Nuno desiludiu. Ofensivamente, o ataque (Rodrigo, Piatti e Alcácer) esteve bastante longe da baliza e poucos ou nenhuns problemas causou a Casillas. Na defesa, a equipa perdeu facilmente algumas bolas no seu meio campo com a pressão alta do FC Porto, mas foi melhorando neste aspeto ao longo do encontro. Enzo, a jogar à frente da defesa, foi um dos destaques da equipa com a sua qualidade no transporte de bola e inteligência e antecipação no momento defensivo. Parejo também acompanhou bem o argentino (começa a identificar-se um meio campo com Enzo, Parejo e André Gomes) e foi dos poucos a mostrar-se no ataque, já Danilo Barbosa não foi influente a jogar como 8. Na defesa, quem mais se evidenciou foi João Cancelo. O ex-Benfica, com a equipa a jogar tão reduzida, foi dos que mais trabalho deu à defensiva da equipa de Lopetegui e mesmo nos processos defensivos foi dos poucos a conseguir travar as investidas e mudanças de velocidade de Brahimi na área.

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