Melhor 11 sub-21 de 2014-15 (a nível internacional)

Com o fim da época 2014/2015, é a hora de o Visão de Mercado destacar os melhores. Como sempre há critérios para respeitar, como a relação entre o sucesso coletivo e a prestação individual ou o peso e influência que os jogadores tiveram nas suas equipas, para que não ocorram injustiças com aqueles que foram de facto os mais capazes. Posto isto, indicamos aquele que foi o melhor 11 do Ano a nível Internacional, considerando apenas elementos com idade sub-21, ou seja que tenham nascido em ou depois de 1993:

Guarda-Redes: Timo Horn (Colónia): O 3.º melhor guarda-redes da Bundesliga este ano, apenas superado por Sommer e Neuer. O jovem que foi associado ao Benfica no último Defeso esteve em grande no campeonato alemão sendo mesmo, com o seu jogo posicional e saídas, um dos principais responsáveis pela campanha positiva no Colónia. O guardião começou logo em grande ao permanecer sem sofrer golos durante os primeiros 364 minutos da Liga e aos poucos foi demonstrando que é mais um nome a ter em conta para suceder a Neuer (e na Alemanha são tantos). Mattia Perin era igualmente uma boa opção, mas nasceu em 1992.

Lateral Direito: Fabinho (Mónaco): O Mónaco acaba de adquiri-lo em definitivo e tendo em conta que esta é uma posição onde escasseiam jogadores jovens de grande nível, a verdade é que os monegascos não se deverão arrepender. Lateral alto (1,88 cm), forte fisicamente, rápido, resistente, com boa técnica e capaz de desempenhar outro tipo de funções em campo, nomeadamente no miolo do terreno. Enquadrado numa defensiva sólida, as suas exibições não passaram despercebidas e neste momento é o habitual suplente de Danilo na selecção brasileira.

Centrais: Raphael Varane (Real Madrid) e Samuel Umtiti (O.Lyon): No centro da defesa lugar para dois franceses. Varane, há muito apelidado como o futuro melhor central do mundo, parece finalmente capaz de assumir um lugar no eixo defensivo do Real Madrid (acaba a época a titular ao lado de Ramos). Velocidade, elegância e capacidade no jogo aéreo são apenas algumas das valências deste belíssimo central descoberto no Lens. Por outro lado, mais um jovem saído da academia do Lyon. Campeão do mundo sub-20 pela França, Umtiti é um dos esteios do Lyon e um dos grandes responsáveis pela grande época da equipa orientada por Hubert Fournier, sendo neste momento já cobiçado por equipas como o Arsenal.

Lateral Esquerdo: Juan Bernat (Bayern Munique): No início da época, a contratação de Bernat foi vista como desnecessária, uma vez que o Bayern tinha nos seus quadros o melhor lateral esquerdo do mundo. No entanto, Guardiola tinha planos diferentes para o austríaco e quem aproveitou para aparecer foi Bernat. Na linha de Jordi Alba, Bernat caracteriza-se por ser um lateral esquerdo baixo, rápido, com boa técnica e com uma excelente capacidade de cruzamento, sendo que poucos esperavam uma afirmação tão rápida do espanhol na Baviera.

Médios Centro: Paul Pogba (Juventus) e Geoffrey Kondogbia (Mónaco): No meio-campo, dois campeões do mundo sub-20. Pogba dispensa apresentações. Impressionante o nível que o francês atingiu desde que chegou a Turim, sendo já claramente um dos melhores médios do futebol mundial. Força, técnica, potência, passe, remate. Pogba preenche o conceito de médio total na perfeição e promete ser um dos maiores agitadores da próxima janela de mercado. A seu lado, um velho conhecido. Kondogbia, também ele pretendido por alguns dos maiores clubes do Velho Continente, tem sido uma das peças chave do sucesso do Mónaco, sobretudo durante a presença dos monegascos na Liga dos Campeões. Igualmente poderoso fisicamente, é um seguro de vida para qualquer treinador, sendo particularmente impressionante a forma como consegue preencher o espaço central.

Médio Ofensivo: Nabil Fekir (O.Lyon) - Se o Lyon esteve a discutir o título do PSG quase até ao fim muito o deve ao talentoso francês. Um médio ofensivo/segundo avançado com uma qualidade técnica fantástica, que este ano só na Ligue 1 marcou 13 golos e fez 12 assistências. Formou com Lacazette uma das melhores duplas do futebol europeu, tendo mesmo carregado a equipa durante a ausência do avançado devido a lesão. Destaque ainda para Çalhanoglu, o mestre dos Livres do Leverkusen, que depois de uma boa época no Hamburgo esteve em grande destaque numa equipa que ficou em 4.º na Bundesliga e só foi eliminada na Champions e na Taça nas grandes penalidades.

Extremo Esquerdo: Felipe Anderson (Lazio)  O jogador mais excitante de uma Lazio que foi uma das surpresas da temporada. Um médio habilidoso, com uma capacidade de aceleração incrível, muita facilidade no 1x1 e que também esteve em destaque ao nível da finalização (10 golos no campeonato). Pode actuar em qualquer uma das posições atrás do avançado, mas foi no corredor esquerdo que provou que podia ser mais letal. Mais um nome das escolas do Santos que promete vingar na Europa, sendo certo que não tardará a chegar a um dos tubarões. Por outro lado, não sendo justo ignorar a época de Depay (melhor marcador e jogador mais importante na época de sucesso do PSV), a verdade é que o brasileiro, por ter conseguido este impacto numa liga mais competitiva e principalmente pela afirmação (o ano passado pouco jogou), justificou mais um lugar neste 11.

Extremo Direito/Avançado: Paulo Dybala (Palermo) - Demorou algum tempo a afirmar-se, mas explodiu definitivamente esta temporada. O argentino foi um dos maiores destaques do Calcio esta época e não demorou até ser associado aos maiores clubes do futebol europeu. Habilidoso, rápido e com um bom poder de finalização, Dybala é, sem dúvida, um dos jogadores mais promissores do futebol mundial, tendo capacidade para desempenhar várias funções no ataque, A Juventus não quis esperar e antecipou-se a toda a concorrência, numa transferência que poderá chegar aos 44 milhões de euros e que permitiu ao Palermo realizar mais um grande encaixe financeiro.

Avançado: Harry Kane (Tottenham Hotspur): Icardi também tinha sido uma boa opção, mas era impossível ignorar a temporada do inglês. O craque dos Spurs depois de só ter apontado 4 golos em 2013-14 (até esteve para ser vendido) este ano "explodiu" com 31 golos, 21 deles na Premier League, onde foi o 2.º melhor marcador, e várias exibições de grande nível, deixando mesmo a ideia que a selecção dos Três Leões vai finalmente ter a referência ofensiva que procura desde o abandono de Alan Shearer.

Rodrigo Ferreira

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