O 11 combinado de Benfica e FC Porto

Amanhã terá lugar o encontro do ano em Portugal. Se o Benfica vencer mete uma mão no título, mas caso seja o Porto a ganhar na Luz o campeonato ainda não ficará decidido. Os encarnados têm demonstrado muito poder em casa nos últimos encontros, contando com um super Jonas. Já os azuis e brancos vêm de uma derrota pesada na Alemanha, apesar de terem demonstrado toda a sua qualidade na partida da primeira mão. Jackson, em grande forma, promete ser a principal ameaça para as ambições encarnadas. Veremos como irá ser a abordagem das duas equipas, sendo certo que é o Porto quem precisa de vencer e que, por isso, terá de assumir a iniciativa. 

Num 11 combinado entre as duas equipas, não há grandes dúvidas em relação ao titular na baliza. Júlio César, que, mesmo com alguns problemas físicos, é bastante mais seguro do que Fabiano, que, nos jogos grandes, tem tendência a comprometer (veja-se o jogo com o Benfica da primeira volta ou a segunda mão com o Bayern). No quarteto defensivo, laterais portistas, centrais benfiquistas. Não há dúvidas de que Danilo e Alex Sandro são os melhores nas respectivas posições, apesar de Maxi estar a realizar uma boa temporada. No eixo defensivo, Luisão continua a ser o central mais eficaz em Portugal, formando uma dupla excelente com Jardel, que cresceu bastante e que tem marcado golos importantes. No Porto, nenhum central se tem destacado por aí além, apesar de Marcano e Indi estarem a fazer temporadas consistentes.

No meio campo, mais uma vez empate técnico. Como médio mais recuado, Casemiro tem crescido a olhos vistos durante a temporada e é, neste momento, um dos jogadores mais influentes na manobra portista. À sua frente, Óliver, o pequeno génio, que espalhou classe nesta temporada. Nas alas, os dois argentinos levam a melhor sobre Quaresma e Brahimi. Gaitán tem um peso tremendo no jogo encarnado, decide um jogo de um momento para o outro, e tem sido superior ao argelino, que, depois de um grande início, perdeu protagonismo. Do outro lado, apesar das recentes boas exibições do português, Salvio continua a apresentar um rendimento mais constante (e nas tarefas defensivas a diferença é abismal). 

O ataque fica entregue a dois dos melhores jogadores do campeonato. É impossível, pelo que têm feito, escolher um e deixar o outro de fora. Jonas chegou, viu e venceu. Para além do que joga, tem decidido com golos. Jackson é um dos melhores pontas-de-lança do mundo na actualidade, e também está longe de se resumir aos golos. Joga e faz jogar. 

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