Jardim manda em casa de Wenger e fica mais perto dos quartos-de-final; Kondogbia encheu o campo; Moutinho também esteve em destaque; Bernardo assistiu para o 3-1

Arsenal 1-3 Mónaco (Chamberlain 91'; Kondogbia 38', Berbatov 53' e Ferreira-Carrasco 94')

Muito mérito para Leonardo Jardim. A estratégia do treinador português funcionou na perfeição, anulando completamente o Arsenal e a vitória por 3-1, no Emirates, coloca o Mónaco muito próximo da qualificação para os quartos-de-final da LC. Postura conservadora dos franceses (com Fabinho a fechar no meio-campo), com grande organização defensiva e solidariedade entre sectores e, sobretudo, muito critério e simplicidade no momento da transição ofensiva (Moutinho, Martial e Carrasco ainda estiveram perto de ampliar). Os londrinos, por sua vez e apesar da posse-de-bola, tiveram muitas dificuldades para romper a robustez dos monegascos e raramente tiveram uma oportunidade clara para marcar (apenas um remate perigoso de Welbeck). Em termos de destaques individuais, Moutinho fez um grande jogo, sobretudo na 2.ª parte (foi importante na pressão alta e na circulação da bola), enquanto que Kondogbia encheu o campo (fez uma 1.ª parte de grande nível). Bernardo Silva, que entrou aos 84', ainda foi a tempo de fazer uma assistência. A classe de Berbatov e a velocidade de Martial também estiveram em evidência. Nos londrinos, Özil esteve péssimo (muito lento e pouco activo), Cazorla foi um dos melhores (jogar perto de Coquelin), sendo que Alexis só apareceu a espaços. Chamberlain entrou bem na partida e Bellerín sofreu com Martial.

Os primeiros minutos foram traduzidos pelo domínio dos gunners, com muita posse-de-bola e algum caudal ofensivo, embora a estratégia de Jardim conseguisse anular por completo as zonas que costumam ser críticas, sobretudo nas deslocações para o interior por parte de Alexis e Özil (Fabinho ia fechando o espaço com mérito). Os elementos do emblema monegasco, mesmo com uma postura mais conservadora, iam tendo algumas chances de sair para a transição e esse momento era sempre conduzido com critério e simplicidade (Berbatov, apesar de muito sozinho, conseguia combinar bem com os apoios). Os londrinos não tiveram nenhumas oportunidades claras de golo, sendo que um remate por cima de Alexis foi o melhor que se aproveitou. Aos 38', num dos lances em que o Mónaco saiu bem para o ataque, Kondogbia teve espaço e atirou forte de longe para o 1-0, com o remate a embater ainda em Mertesacker. Na 2.ª metade do encontro, foi mais do mesmo. Os londrinos não conseguiram criar perigo junto de Subasic (apenas com Welbeck perto do golo) e os monegascos iam conseguindo ligar bem as saídas para o ataque. Num desses lances, Martial isola Berbatov e o búlgaro, com a classe reconhecida, amplia para 2-0. Depois de Moutinho e Martial terem desperdiçado, o Arsenal chegou a reduzir por intermédio de Chamberlain, mas no final da partida, Carrasco - assistido por Bernardo Silva - fez o 3-1 final.

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