Benfica elimina o Liverpool; Qualidade técnica das águias fez a diferença; Guga foi o melhor em campo; Hildeberto (com a sua potência) também esteve em destaque

Encarnados vão agora receber o Shakhtar, que dominou o grupo do FC Porto; Guga Rodrigues é o caso mais intrigante desta incompleta geração encarnada (alguns juniores já estão na equipa B). Médio com muita técnica, qualidade de passe e uma visão de jogo pouco habitual, mas algo frágil fisicamente, o que pode ser um obstáculo nos seniores; No entanto, o espanhol Canós foi o elemento com mais capacidade, no presente e no futuro, que esteve no Seixal. O extremo dos Reds, muito na linha de Deulofeu (mas um pouco mais forte fisicamente), fartou-se de desequilibrar e pareceu estar a um nível acima da concorrência.

Os juniores do Benfica garantiram a qualificação para os quartos-de-final da Youth League, onde já estava o FC Porto, ao baterem, no Seixal, o Liverpool, por 2-1. Hildeberto, que nos primeiros 15 minutos teve 3 oportunidades claras de golo, abriu o activo logo aos 5 minutos, no entanto Canós pouco depois (aos 9) empatou, na sequência de uma grande jogada individual. No 1.º tempo o jogo foi disputado, com oportunidades paras as duas equipas mas o resultado não se alterou. Praticamente a abrir a 2.ª parte Hildeberto ofereceu o golo a Gilson Costa, mas o médio permitiu a defesa a Fulton. Pouco depois foi André Pereira a tirar um golo cantado ao Liverpool. Apesar dessa sequência inicial, a 2.ª parte teve menos lances de golo, no entanto o domínio das águias foi sempre evidente. Numa fase em que o ascendente das águias era claro, Diogo Gonçalves numa jogada individual, combina com Guga, e faz o 2-1. Pedro Rodrigues teve ainda a oportunidade de "matar" o jogo, mas rematou fraco depois de ter conseguido criar um desequilíbrio na defesa dos Reds. E o Benfica permitiu uma pressão final do Liverpool, que no entanto esbarrou sempre no central João Lima e no guarda-redes André Ferreira, que segurou a vitória já nos descontos.

Benfica - Equipa com muita qualidade técnica, que fruto dessa virtude foi superior durante grande parte do encontro. Com o trio Guga Rodrigues, João Carvalho e Diogo Gonçalves, claramente os elementos mais evoluídos, em destaque, os encarnados demonstraram ser melhores que o Liverpool e o apuramento não merece discussão. Na frente Hildeberto com a sua força e potência causou muitos estragos, ultrapassou diversas vezes, e com relativa facilidade, a defesa contrária, mas pecou quase sempre na finalização. Guga encheu o campo com a sua visão de jogo, Diogo Gonçalves (inventou o 2-1) e João Carvalho, que tem tido minutos na equipa B, também desequilibraram diversas vezes. Nota menos para Gilson Costa, demasiado displicente e o elemento menos influente. Na defesa João Lima foi do 8 ao 80, com algumas falhas defensivas e ao nível técnico, mas acabou por ser decisivo nos minutos finais com vários cortes importantes. Enquanto que o guarda-redes André Ferreira teve em destaque com duas excelentes defesas, mas falhou quase sempre quando foi solicitado para jogar com os pés.

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