Há dias, momentos, que definem a vida de uma Pessoa. Que marcam um antes e um depois. Pontos de viragem de um trajeto. Como tantas vezes, aqui, futebol e vida coincidem. Quem pode ignorar a importância daquele Sporting-Manchester United no percurso de Cristiano Ronaldo? Ficaria Ricardo na história se não tivesse sido herói nas grandes penalidades frente aos ingleses em 2004 e 2006?
Cédric Soares terá amanhã pela frente um jogo especial, o qual poderá revelar-se muito importante na carreira do lateral. O jogador português irá atuar no país que o viu nascer, frente a uma das principais equipas do país campeão do mundo, campeonato esse onde goza de muito mercado, em parte devido a essa afinidade intrínseca. O jovem de 23 anos terá ainda como rival directo Julian Draxler, um dos eleitos por Low para fazer história no Brasil e uma das principais coqueluches do futebol germânico. Tudo isto numa semana em que se tornou titular da Seleção, estatuto que tem tudo para manter, dado a condição de suplente de André Almeida, e devido ao facto de, por distintas razões, Miguel Lopes, Sílvio e João Pereira não estarem a jogar.
Para Cédric, o encontro de amanhã supõe uma dose de motivação e uma vontade de brilhar extras, dada a sua particular relevância:
sob o ponto de vista coletivo, uma vitória coloca os leões no bom caminho para atingirem a fase seguinte da Champions League (seguem-se 2 encontros em casa nos quais 4 pontos poderiam bastar), feito que possuiria especial revelo por se dar apenas ano e meio depois da pior época da história do clube e pela sua relevância financeira (quer directa, através dos prémios que a competição atribuí, quer indirecta, pela grande valorização de ativos que gera), e que poderia catapultar os leões para uma grande época (o impacto, quer no plantel, quer nos adeptos, de vencer no Porto e em Gelsenkirchen em somente 3 dias seria enorme);
numa perspectiva individual, uma boa exibição face a Draxler e companhia colocaria Cédric definitivamente na rota dos principais clubes da Bundesliga, ainda para mais quando atua numa posição onde mundialmente existe carência de bons elementos e quando daqui a 14 meses será um jogador livre para assinar por qualquer clube (termina contrato em 2016).
Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar com o VM aqui!): Pedro Barata
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