Nulo entre duas equipas que não queriam perder deixa o Benfica mais longe dos oitavos; Conjunto de Jesus (depois de um 1.º tempo pobre) foi melhor na 2.ª parte, mas falta de eficácia e expulsão de Lisandro dificultaram triunfo; Mais Carvalho que Moutinho no Mónaco; Pouco Talisca nas águias; Almeida "sentou" o reforço mais caro para 2014-15

Mónaco 0-0 Benfica 

O Benfica está cada vez mais longe dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, ao não sair do nulo em casa do Mónaco, continuando no último lugar do grupo. Contas complicadas para as águias e, embora ainda não estejam arredados dos oitavos, até a Liga Europa está em perigo. O Benfica está a 3 pontos do Zenit, a 4 do Mónaco e a 5 do Leverkusen, sendo o a recepção aos franceses um jogo determinante para as aspirações portuguesas. Jogo pouco espectacular no Mónaco, com duas equipas que não queriam perder, mas fica a sensação de que a falta de eficácia dos encarnados (foram superiores na 2.ª parte) e a expulsão de Lisandro condicionou a vitória. Em termos individuais, Nico Gaitán foi um dos melhores (com pormenores fantásticos e a levar a equipa para a frente), enquanto que André Almeida - que sentou o reforço mais caro da temporada - cumpriu a 6. Talisca não conseguiu aparecer, Luisão foi muito fiável a defender, sendo que Eliseu não esteve bem, sobretudo na 1.ª parte. Nos monegascos, Carvalho fez uma partida imperial, Moutinho correu muito, mas faltou proximidade e criatividade para ter mais influência. Bernardo Silva ainda entrou para defrontar a equipa onde foi formado.

No que diz respeito ao encontro, a primeira parte não foi de bom nível. Os encarnados entraram pouco agressivos, algo passivos e a deixar muito espaço ao elementos monegascos. Era muita a facilidade com que o lado esquerdo da defesa encarnada (Lisandro e Eliseu) permitia bolas em profundidade. Num dos erros defensivos, Lucas Ocampos teve nos pés o golo, mas o argentino falhou de forma escandalosa. Difícil arranque do Benfica, com pouco controlo da partida e muitos problemas para criar jogo.. Depois de Berbatov ter saído lesionado, as águias equilibraram e Lima, aos 39', esteve perto de marcar numa das poucas jogadas de perigo junto de Subasic. Os primeiros 45 minutos foram pobres de parte a parte, com a equipa de Jorge Jesus a equilibrar a partida após um mau início. Após o intervalo, os encarnados entraram melhor, com mais bola, mais controlo sobre a partida e as chances de golo começaram a aparecer. Aos 59', Gaitán teve um excelente trabalho na esquerda, mas o seu remate foi travado pelo guardião croata. Pouco depois - e numa fase em que as águias estavam por cima do jogo - Salvio desperdiçou com Maxi a falhar na recarga. A 15 minutos do final (e já com Bebé no jogo), Lisandro tem uma entrada imprudente sobre Moutinho e vê vermelho directo. Até ao final, registo para algumas perdidas do Mónaco com Ferreira-Carrasco e Raggi a perdoarem.

Destaques:

Mónaco - Os monegascos têm sido isto, não é por acaso que nos últimos 8 jogos só sofreram 1 golo, uma equipa forte a defender, que raramente se desequilibra, mas que também cria muito pouco para vencer os seus jogos. Mesmo assim surpreendeu que a jogar em casa o conjunto de Jardim não tivesse tido um pouco mais de iniciativa, já que o triunfo colocava os franceses muito perto da próxima fase. A nível individual destaque para mais uma exibição sem falhas de Ricardo Carvalho, Raggi, o companheiro da defesa, também esteve a bom nível. Já Fabinho foi sempre o elo mais fraco da defesa. No meio campo, Moutinho correu muito, fez o jogo de pressão habitual e ainda arrancou o vermelho a Lisandro mas no momento ofensivo não conseguiu acrescentar o que se exige ao 3.º médio. Esteve melhor Toulalan, que continua impecável na leitura de jogo. Na frente, os irregulares Dirar e Ocampos acumularam más decisões, mesmo tendo tido uma outra iniciativa, o argentino falhou mesmo a melhor oportunidade do jogo.

Benfica - A equipa de Jorge Jesus criou oportunidades suficientes para vencer a partida (vendo bem as coisas só precisa de uma), mas esteve longe de construir um caudal ofensivo que justificasse o triunfo. Houve alguma falta de eficácia, especialmente numa altura em que a equipa estava com claro ascendente, em virtude das boas jogadas de Nico Gaitán, mas a expulsão de Lisandro retirou as possibilidades de vitória portuguesa. Individualmente, Salvio não fez uma boa partida (muito individualista, raramente conseguiu dar seguimento a uma jogada, perdendo-se em dribles), enquanto que Enzo Pérez foi importante até chegar o desgaste. Talisca não apareceu, Lima trabalhou bem na frente, mas perdoou uma boa chance, sendo que Gaitán fez uma bela partida (desequilibrou e tentou pegar no jogo). Luisão esteve muito seguro (raramente tem uma má abordagem num lance) e Lisandro - embora não tenha estado mal - esteve excessivamente agressivo. Bebé entrou para explorar o espaço na esquerda, mas nada produziu, enquanto que Samaris entrou bem e segurou o meio-campo.

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