Uma fábrica de laterais esquerdos adaptados

Numa fase em que a posição de lateral esquerdo é das mais carenciadas no futebol actual, o Valencia vai contrariando essa ideia e num curto espaço de tempo potenciou 3 excelentes jogadores.

A posição de lateral-esquerdo está cada vez mais carente, nesta fase nem é fácil distinguir qual é o melhor jogador do Mundo nessa posição, e contam-se pelos dedos das mãos a quantidade de jogadores acima da média para esse lugar. Curiosamente, alguns dos melhores da actualidade foram adaptados a essa zona do campo (Alaba é o exemplo que salta imediatamente à vista), e vários nasceram na fábrica do Valencia. O clube Che é claramente o maior caso de sucesso no que toca à transformação de extremos em laterais-esquerdos: Jordi Alba, Bernat e agora José Luís Gayá fixaram-se numa zona mais recuada no terreno e deram imediatamente nas vistas, chegando a dois dos maiores clubes do mundo (no caso dos dois primeiros). Pelas suas características (velocidade e enorme qualidade técnica), os três são muito importantes na manobra ofensiva das equipas: Alba, quando está nas melhores condições físicas, é titular indiscutível do Barça e está em constantes vaivéns entre defesa e ataque; Bernat ganhou rapidamente o lugar no Bayern, fazendo todo o corredor esquerdo; e Gayá, que substituiu o jogador que se transferiu para a Alemanha, está a ser um dos destaques do Valência neste início de época, sobretudo pela profundidade que consegue dar. Em suma, o clube agora treinado por Nuno Espírito Santo é o que melhor tem sabido contornar a escassez de laterais-esquerdos de top, mostrando que a solução pode mesmo ser adaptar extremos (ou, pelo menos, jogadores que possam igualmente actuar mais à frente). 

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