Clube "mais pequenos" como o Benfica, FC Porto e Atlético podem sofrer com o fim dos fundos, alerta a empresa que está em litígio com o Sporting

A decisão da FIFA em proibir os fundos mexe com demasiados clubes para que seja aceite com naturalidade. E não será estranho se os organismos que regem o futebol adaptem a medida para agradar a todas as partes.

“Queremos um mundo em que apenas Barcelona, Real Madrid, Bayern [de Munique] e outros gigantes possam ganhar troféus devido a um mercado distorcido ou queremos que clubes mais pequenos, como Atlético de Madrid, Sevilha, FC Porto, Benfica e PSV possam dar-lhes réplica”, observou o diretor executivo da Doyen, fundo de investimento de futebolistas com o qual o Sporting está em litígio, à Bloomberg.

Nelio Lucas, líder da Doyen, diz-se preparado para a enfrentar a decisão recente da FIFA, mas advertiu que ela só prejudicará os clubes de mercados de menor dimensão. O diretor executivo da Doyen assinalou que os clubes pequenos só poderão contrariar os “colossos” do futebol mundial com recurso a fundos de investimento, ainda que aqueles nunca devam poder deter a totalidade do “passe” de um jogador ou dizer ao clube quando e para onde o transferir.

Na sexta-feira, a FIFA anunciou que vai proibir que os “passes” dos futebolistas sejam partilhados com fundos de investimento, como acontece em Portugal com alguns clubes, após a reunião do Comité Executivo, em Zurique (Suíça).

A decisão, que não será imposta de imediato, a fim de proporcionar um período de três a quatro anos de adaptação aos clubes e aos fundos de investimento afetados, resulta da proposta de um estudo de um grupo de trabalho criado especificamente para analisar o assunto.

Ao contrário do que acontece em Portugal, em ligas como a inglesa e a francesa os direitos económicos dos futebolistas tem que pertencer integral e obrigatoriamente ao clube pelo qual foram contratados. Fonte: Agência Lusa

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