Boavista também trava o FC Porto (dragões perderam 4 pontos nos últimos 2 jogos); Lopetegui aproveitou para gerir antes do Clássico mas expulsão de Maicon condicionou; Tello desiludiu; Mika esteve em destaque pelos axadrezados

FC Porto 0-0 Boavista

Mais um desaire inesperado para os portistas (há um ano aconteceu o mesmo com Fonseca num momento semelhante da época). O FC Porto, apesar da brutal diferença de orçamentos (sem contar que o adversário o ano passado estava no 3.escalão), não foi além de um empate a 0 frente ao Boavista (o Benfica, com este resultado, é líder isolado). Um dérbi (que começou 45 minutos depois da hora marcada devido ao estado do relvado) fica marcado pela expulsão de Maicon aos 25', mas mesmo assim esperava-se mais dos dragões. Sem ser a vontade de Herrera, e a espaços a qualidade de Brahimi, houve pouca capacidade para contrariar o rumo do jogo (Tello esteve muito aquém das expectativas). Andrés Fernández e Marcano foram apostas de Lopetegui, sendo que Casemiro entrou mal na partida (entrou para jogar a trinco/central, mas falhou muitos passes). Mika foi um dos melhores no lado boavisteiro, enquanto que Anderson Carvalho e Cid também estiveram em destaque.

No que diz respeito ao encontro, o jogo começou fora de horas devido às más condições do relvado e os primeiros minutos não foram entusiasmantes. Brahimi não marcou aos 15' porque a água acumulada na grande área dificultou a jogada. Pouco depois, Ruben Neves também criou perigo num grande remate do jovem médio. Aos 25', Maicon viu vermelho directo por falta sobre Anderson Correia, num lance muito contestado pelos dragões. A partir desse momento, a agressividade instalou-se a cada disputa de bola, num FC Porto-Boavista a lembrar velhos tempos. Até ao intervalo, duas boas chances por intermédio de Anderson, mas o empate permaneceu. Na 2.ª metade do encontro, o FC Porto tentou arriscar mais (Casemiro entrou para jogar perto de Marcano) e até teve algumas chances para marcar. Tello falhou quando estava numa boa posição, enquanto que Herrera também não conseguiu acertar na baliza. O encontro teve momentos de alguma agressividade, sendo que até ao final o Boavista conseguiu resistir às investidas dos portistas.

Destaques:

FC Porto - Mau resultado, mais um (perder 4 pontos nesta fase é péssimo), e logo na pior fase possível: antes do clássico e por deixar o Benfica isolado na liderança. E, apesar da expulsão de Maicon, ganha mesmo contornos de escandaloso, tal é a diferença de qualidade, orçamento, experiência, etc. Aliás o próprio Lopetegui percebeu que havia essa dicotomia, e aproveitou este dérbi para rodar a equipa e inclusive dar a titularidade a alguns elementos, como Andrés Fernandez, Marcano ou Evandro, e assim fazer uma gestão antes de ir a Alvalade. Não correu bem, e nem foi só pelo vermelho a Maicon. O FC Porto, mesmo com 10, teve 80% de posse de bola, muitos remates (20 contra 2), mas faltou alguma capacidade na frente para criar desequilíbrios e ter verdadeiras oportunidades de golo. Neste capítulo Tello foi uma desilusão, o ex-Barça acrescentou pouco e ainda desperdiçou um dos melhores lances dos azuis e brancos; Também Jackson foi bem anulado pelos centrais do Boavista. Até deu sempre a ideia que só por intermédio de Brahimi seria possível desbloquear o encontro, no entanto, hoje o argelino, não esteve tão forte na finalização.

Boavista - Resultado quase estratosférico, quem diria que os axadrezados iam sacar pontos no Dragão neste regresso à I Liga. Mas, à semelhança, do que tinha acontecido frente ao Benfica, o conjunto de Petit foi muito competente defensivamente e com a expulsão de Maicon ganhou ainda mais força para segurar o resultado. Faltou foi qualidade para explorar as debilidades do adversário, mas à excepção de Zé Manel, os axadrezados, mesmo contra 10, tiveram sempre quase toda a equipa na sua zona defensiva. Em termos individuais, Mika disse quase sempre presente quando foi chamado a intervir. E no restante, na parte defensiva quase toda equipa cumpriu (os centrais conseguiram anular Jackson), não houve grandes destaques. O lateral esquerdo Anderson Correia, foi a excepção. O brasileiro esteve na melhor oportunidade do Boavistão e foi dos que procurou mais acrescentar alguma qualidade ao jogo dos axadrezados.

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