Portugal na final do Europeu sub-19; Selecção nacional "vingou-se" e eliminou a Sérvia nos penaltis

Portugal 0-0 (4-3 nas g.p.) Sérvia

Desta vez a sorte sorriu a Portugal. Ao contrário do que aconteceu há um ano a selecção nacional de sub-19 bateu a Sérvia nos penaltis (Tiago Sá defendeu o decisivo), e vai agora defrontar a Alemanha na final. Encontro complicado (poucas oportunidades de golo), os sérvios estiveram imperiais no aspecto defensivo e com astúcia foram criando algum perigo, mas a geração de Rony, Podstawski, Gelson Martins, Ivo e André Silva está apenas a uma vitória de acabar com o jejum que Portugal alimenta desde 2003, ano da última conquista internacional de uma selecção nacional (na altura Veloso, Paulo Machado, Maradona, etc, venceram o Europeu sub-17 em Viseu).

Portugal - Não foi fácil, apesar de a selecção ter tido mais posse (consentida pelo adversário) nunca conseguiu arranjar maneira de ultrapassar a organização dos sérvios (grandes exibições de Babic, Jovanovic e Antonov). André Silva (bem isolado por Rafa) podia ter marcado na 1ª parte, Ivo e Rony com 2 bons remates no 2º tempo também estiveram perto do 1-0, e Domingos Duarte numa bola parada no prolongamento por pouco não inaugurou o marcador, no entanto, praticamente todos os ataques esbarraram na defesa Sérvia. E a decisão nos penaltis acabou por ser justa, a Sérvia também criou algum perigo (André Moreira, que foi substituído por Tiago Sá no prolongamento devido a lesão, fez 3/4 boas defesas), e teve o mérito de saber condicionar ao máximo o jogo de Portugal (sempre muitos elementos na zona da bola, principalmente quando a mesma estava nos pés de Rony). A nível individual, não foi um jogo com grandes destaques. André Silva correu km's na frente, mas foi quase sempre mal servido, Gelson Martins fez um encontro à Di Maria (até tem um estilo semelhante) com as devidas diferenças, fartou-se de recuperar bolas e em posse tentava sempre esticar o jogo mas à semelhança do argentino essa vontade toda também resultou muitas vezes em perdas de bolas e má decisões; Rony e Ivo nas poucas vezes que tiveram espaço conseguiram criar desequilíbrios, Rafa voltou a acrescentar muita qualidade com bola, e os centrais (Domingos e João Nunes) cumpriram, mas no geral houve essencialmente muita vontade. Para a final é esperar que este desgaste não se note, e que Portugal consiga aproveitar os espaços (favorece mais o nosso jogo) para contrariar o favoritismo (até por hoje frente à Áustria terem passeado) da geração de Brandt, Öztunali, Stendera, Stark, Mukhtar e Belke.

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