Neymar brilha na vitória do Brasil (Fernandinho com naturalidade fez mais que Paulinho, Hulk teve nota negativa); México volta a dar espectáculo (Herrera esteve novamente em destaque, veterano Marquez inaugurou o marcador)

Camarões 1-4 Brasil (Matip 26´; Neymar 17´e 35´, Fred 49´e Fernandinho 84´)

O Brasil confirmou o 1º lugar do grupo A (vai defrontar o Chile nos oitavos-de-final), depois de derrotar a frágil selecção dos Camarões por 4-1. Apesar de Matip ainda ter colocado os africanos no jogo, a vitória dos brasileiros nunca esteve em causa, ainda que a "torcida" canarinha tenha sofrido na parte final (o México chegou a estar perto de roubar o 1º lugar, mas o golo de Fernandinho tranquilizou). Neymar voltou a brilhar, com dois golos (já é o 6º melhor marcador da selecção brasileira, com 35 golos, apesar de ter apenas 10 golos em jogos oficiais), enquanto Scolari, finalmente, deu minutos a Fernandinho. O jogador do Manchester City trouxe outro futebol ao meio campo brasileiro, mais agressividade, intensidade e... golo. Por falar em golo, Fred estreou-se a marcar no Brasil 2014, num pré-aquecimento para os oitavos-de-final (em fora-de-jogo e de baliza aberta). Pelo contrário, Paulinho (teve mais uma actuação abaixo da média) e Hulk (anulado pelos defesas contrários) tiveram nota negativa. O sector mais recuado da "Canarinha" também passou por algumas dificuldades na 1ª parte, enquanto do lado contrario, o último lugar e os zero pontos assentam que nem uma luva. A defesa africana comete erros de posicionamento e abordagem comparados a iniciados na modalidade, pelo que os 9 golos sofridos não constituem uma surpresa (seriam 11, caso não fossem anulados 2 golos aos mexicanos).

Croácia 1-3 México (Perisic 87´; R. Márquez 71´, A. Guardado 75´e J. Hernández 82´) - Grande vitória do México (3-1) no duelo decisivo com a Croácia (os Aztecas vão agora defrontar a Holanda nos oitavos-de-final). Os golos só surgiram na segunda parte (Márquez de cabeça, Guardado a finalizar um cruzamento de Peralta e Chicharito a desviar à boca da baliza na sequência de um canto), mas os mexicanos, apesar de só precisarem de um empate, foram sempre mais fortes (a Croácia, num grande lance entre Rakitic e Perisic reduziu já perto do fim). Intensos, com um futebol envolvente e a juntar à qualidade técnica a capacidade física, voltaram a dar espectáculo. Herrera encheu novamente o campo, mostrando a sua grande qualidade de passe e facilidade de remate (atirou à barra). Vázquez também fez mais uma bela exibição, equilibrando o meio campo e dando liberdade aos laterais - Layun e Aguilar deram enorme profundidade. A defender, a equipa manteve a consistência. E o trio de centrais esteve novamente muito eficaz, com Márquez em evidência a defender e a atacar (o veterano de 35 anos fez história ao marcar em 3 Mundiais). Do lado da Croácia, a exibição foi uma desilusão. Esperávamos muito mais do conjunto croata. O meio campo não se impôs frente ao meio campo mexicano (Pranjic ex-Sporting jogou a 2º médio) e as fragilidades nas bolas paradas defensivas acabaram por ditar a eliminação. Em suma, um apuramento justo (o jogo contra a Holanda promete, já que este México está com muita confiança) de mais um conjunto da Concacaf (7 pontos que até podiam ter sido 9 e com mais alguns golos, não fossem os erros no jogo com os Camarões), que curiosamente até chegou a este Mundial com alguma sorte. Quanto à Croácia, à semelhança de outras selecções europeias, acabou por desiludir. É certo que o jogo frente ao Brasil teve um desfecho injusto e acabou por pesar, mas um elenco com Rakitic, Modric e Manduzkic hoje tinha a obrigação de fazer muito mais (os médios estiveram sempre muito longe da baliza e o avançado foi presa fácil para a defesa mexicana).

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