Brasil não sai do nulo frente ao México; Ochoa foi uma barreira para os anfitriões, Herrera também esteve em destaque nos mexicanos; Conjunto de Scolari continua sem convencer

Brasil 0-0 México

O Brasil somou o primeiro empate no Mundial, depois de ter sido incapaz de ultrapassar o México e o seu incrível guarda-redes Ochoa. Apesar do nulo, e ao contrário do Irão-Nigéria, não faltou emoção, oportunidades de golo e alguns momentos de bom futebol de parte a parte. A canarinha não fez uma má exibição, mas frente a um adversário modesto (apesar de aguerrido), tinha a obrigação de fazer muito mais. O jogo foi demasiado dividido e os anfitriões, à semelhança do jogo com a Croácia, voltaram a não convencer. Com este resultado, o grupo fica muito equilibrado, contudo, o Brasil, defrontando os Camarões na última jornada, leva vantagem, enquanto Croácia e México vão discutir a 2ª vaga (aos mexicanos basta um empate para avançar na prova).

Os centro-americanos tiveram uma entrada muito intensa no encontro, enquanto o Brasil demorou a responder. A partida seguia com muitas faltas de ambos os conjuntos e só a partir dos 20 minutos é que os guarda-redes foram postos à prova. Primeiro foi Júlio César a defender um remate de Herrera e passado pouco tempo, Ochoa realiza a "parada" do Mundial, em resposta a um cabeceamento de Neymar. Fred ainda assustou a defesa mexicana, num cabeceamento, enquanto Vasquez tentou a sua sorte na outra baliza. Em cima do intervalo, novo momento Ochoa, com nova defesa com Paulinho em situação clara de golo. Bernard entrou para a segunda parte e quase servia Neymar com qualidade, logo a abrir, contudo, o momento era mexicano. Guardado, Vazquez e Herrera tiveram muito espaço para ensaiar remates, mas falharam o alvo. O Brasil passou por dificuldades, com a equipa mexicana a recuperar muitas bolas e a sair com qualidade para o ataque. A 20 minutos do final, Ochoa voltou a dizer presente, desta vez num remate à queima-roupa de Neymar, enquanto Jô, em boa posição, rematou para fora. Os anfitriões pressionaram na fase final e Thiago Silva ficou perto do 1-0, mas Ochoa voltou a fazer milagres, numa defesa por instinto (o central brasileiro cabeceou dentro da pequena área). No período de compensação, Jimenez ainda obrigou Júlio César a defesa apertada.

Brasil - A exibição dos canarinhos foi melhor que na estreia, contudo, ainda muitos furos abaixo de um digno candidato ao título. A equipa voltou a viver de rasgos individuais e lances de bola parada e, durante algumas fases do encontro, passou por grandes dificuldades perante os aguerridos mexicanos. Luiz Gustavo e Júlio César rubricaram excelentes exibições, enquanto Neymar, quando apareceu, criou bastante perigo para a defensiva mexicana. Marcelo e Daniel Alves deram a profundidade habitual pelos seus flancos, embora (excepto uma ou outra ocasião), não tenham criado perigo para Ochoa, enquanto Fred foi, mais uma vez, uma nulidade na frente de ataque. Oscar e Ramires (tal como Bernard) passaram ao lado do encontro e Paulinho não acrescentou qualidade com bola ao meio campo brasileiro.

México - Excelente exibição colectiva dos centro-americanos, com muita qualidade nas movimentações (com e sem bola) e nas transições (defensivas e ofensivas). Uma selecção com grande atitude, espírito de sacrifício e solidariedade, comandada por um treinador que deu outra vida ao futebol mexicano. Ochoa esteve enorme entre os postes, numa exibição nota 10, enquanto Herrera (esteve em todo o lado, distribuiu bem o jogo e ainda tentou o golo) e os três defesas centrais - Marquez, Rodriguez e Moreno - estiveram também num nível elevado. Vazquez e Guardado estiveram em foco no melhor período mexicano, sempre com grande critério na manutenção da posse de bola, Giovani dos Santos tentou desequilibrar com a sua técnica e velocidade, e os dois laterais/médios (Layun e Aguilar) nunca deixaram os seus flancos descompensados.

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