Frank De Boer só sabe ganhar

Está feito! O Ajax conquistou o 33º campeonato da sua história e reforça ainda mais a liderança nos títulos de campeão holandês (PSV tem 21 e Feyenoord 14). É o quarto campeonato consecutivo da equipa de Amsterdão, com a curiosidade de terem sido todos conquistados com Frank de Boer ao leme. O treinador holandês apresenta mesmo o facto notável de, desde que está no comando da equipa principal do Ajax, ter conseguido sempre levar de vencida a Eredivisie.

Quanto aos destaques, o Ajax acaba por levar quase todos os louros. Com uma defesa evoluída e um ataque competente conseguiu superiorizar-se aos rivais e, sem ter nenhum destaque individual (esperava-se mais de Fischer), formou uma equipa equilibrada e consistente. O Feyenoord conseguiu aguentar-se na luta pelo título até perto do final, graças a ter mantido a base da equipa do ano passado e um Pellè com fome de golos, mas faltou uma ligação meio campo-defesa mais assertiva (especialmente nas transições defensivas). Talvez com um médio defensivo de eleição (coisa que a Laranja Mecânica também está carente) e um bom extremo teriam conseguido serem campeões. O Twente seguiu a fórmula do campeão Ajax e com uma equipa equilibrada realizou uma campanha extremamente positiva. Por sua vez, o Vitesse ressentiu-se da sua fraca defesa. O ataque, apoiado em jogadores como Piazón e Atsu e com laterais super ofensivos como van Aanholt e Leerdam não foi suficiente para suprimir as fragilidades do setor mais recuado. O PSV, que era apontado por muitos como favorito, ressentiu-se das perdas de Van Bommel, Lens, Strootman e Mertens e, reforçando-se basicamente só com jovens, acusou a inexperiência (média de idades mais baixa do campeonato). Heerenveen (mais um ano com Finnbogason a levar a equipa às costas), AZ (não tinha armas para lutar por mais) e Groningen (sem grandes referências, mas com Zivkovic - um jovem de 17 anos -, que promete dar que falar), quedaram-se pelos últimos lugares que dão apuramento para a Liga Europa. Na luta à descida, RKC Waalwijk, NEC e Roda não foram suficientemente competentes e deverão estar para o ano no segundo escalão do futebol holandês. Uma última nota para o Utrecht: é certo que não era fácil repetir o 5º lugar da época passada, mas pedia-se mais a uma equipa que não fora o guarda-redes Ruiter estaria a disputar a permanência até à última.

Onze do ano (4-4-2): Cillessen (Ajax); Janmaat (Feyenoord), Veltman (Ajax), Botteghin (Groningen) e Willems (PSV); Promes (Twente), Tadic (Twente), Schøne (Ajax) e Depay (PSV); Finnbogason (Heerenveen) e Pellè (Feyenoord).

O Ajax foi um justo campeão? Quais os destaques da prova?

Visão dos Leitores (perceba melhor como pode colaborar no VM aqui!): Fábio Teixeira, João Lains e Tiago Martins

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