Zenit vence no Dragão e complica as contas do FC Porto (azuis e brancos precisam de um resultado positivo na Rússia); Dragões ficaram reduzidos a 10 elementos desde os 6', aguentaram quase todo o jogo (Helton esteve em grande), mas vacilaram perto do final; Fernando fez uma exibição do outro mundo, Hulk esteve endiabrado

FC Porto 0-1 Zenit (Kerzhakov 86')
O Porto foi derrotado em casa pelo Zenit, por 1-0, ficando com as contas do apuramento muito complicadas. A expulsão de Herrera logo aos 6' (viu dois amarelos praticamente seguidos) condicionou a exibição da turma azul e branca, que tentou resistir aos russos, mas acabou por vacilar já perto do final. Com esta derrota, e tendo em conta que o primeiro lugar já não deve fugir ao Atlético, os dragões estão obrigados a ir vencer a São Petersburgo, isto porque venceram apenas a equipa mais fraca e perderam em casa com os dois adversários directos.

Herrera foi a grande novidade do 11 de Paulo Fonseca, mas o mexicano acabou por estar pouco tempo em campo. Logo no início do encontro, fez falta sobre Hulk e na marcação do livre saiu da barreira, sendo expulso pelo árbitro Paolo Tagliavento. Com apenas 10 jogadores, o Porto foi obrigado a uma exibição de sacrifício e solidariedade. Os dragões recuaram e procuraram manter o bloco compacto, conseguindo impedir os russos de criar muitas situações para marcar. Aliás, à excepção dos remates de Hulk, pertenceram à turma de Paulo Fonseca as melhores oportunidades de golo, nomeadamente as duas bolas nos ferros (Lucho na primeira parte e Varela já perto do final). O único golo da partida foi marcado por Kerzhakov, que saltou do banco para dar a vitória ao conjunto de Spalletti, já depois de Helton ter feito uma série de intervenções de elevado grau de dificuldade. Em suma, um resultado que o Porto não merecia, mas que demonstra mais uma vez que a este nível não se pode facilitar nem um milímetro.

Destaques:

Porto - Uma exibição colectivamente irrepreensível. A equipa soube responder à adversidade que foi a expulsão de Herrera - os jogadores mostraram muita entreajuda e conseguiram controlar o poderio ofensivo dos russos. Faltou uma pontinha de sorte. Individualmente, Fernando foi o melhor jogador. O "Polvo" fez um jogo impressionante, uma autêntica muralha no meio campo, praticamente impossível de ultrapassar. Pela positiva, também se destacaram Helton, com uma série de intervenções fantásticas, Mangala, imperial na defesa, Lucho, que trabalhou bastante e foi um dos elementos que acrescentou mais lucidez quando a equipa tinha a bola, e Varela, que entrou para o lugar de Licá (pouco deu ao jogo) e desequilibrou por várias vezes. Otamendi foi a principal desilusão. Esteve algo displicente, cometeu erros infantis e foi batido por Kerzhakov no lance do golo

Zenit - À semelhança do que tinha acontecido na recepção ao CSKA, os russos alinharam com um ataque móvel, sem referência ofensiva. Uma estratégia que acabou por dar maior preponderância a Hulk - grande exibição do "Incrível", mostrando toda a sua potência (foram dos seus pés que saíram os lances mais perigosos) -, mas retirar alguma influência a Shirokov e Danny. Curiosamente, acabou por ser Kerzhakov a marcar. Ansaldi,  que deu muita profundidade ofensiva, e Shatov, o elemento em evidência a meio campo, foram outros destaques.

Etiquetas: ,