"E ganhámos...Muito! dirão alguns; pouco! dirão outros; o suficiente e o esperado! dizemos todos nós...porque se há algo que nos orgulha como portistas é querermos sempre mais e por isso ganhamos mais vezes e por isso somos recordistas.", proferiu André Villas-Boas no seu discurso, instantes após a conquista do Dragão de Ouro, no ano de 2011.
Recorrendo puramente à Matemática, ninguém ganhou mais troféus que os dragões no presente século, no futebol europeu. Desde o ano de 2001, os azuis e brancos arrecadaram nada mais nada menos do que 27 troféus, repartidos por nove campeonatos, seis Taças de Portugal, oito Supertaças e uma Liga dos Campeões, à qual podemos acrescentar os triunfos na Liga Europa, Taça Uefa e Taça Intercontinental. Com a concorrência interna a uma distância deveras assinalável (Benfica e Sporting têm apenas oito troféus conquistados), aqueles que mais se aproximam do clube da cidade Invicta provêm de Zagreb, o Dínamo com os seus 21 títulos internos, e de Barcelona, onde os blaugrana aliam às suas treze conquistas nas competições espanholas, sete troféus internacionais, com especial destaque para as três Ligas dos Campeões por si vencidas. VM - É incrível a capacidade que os dragões apresentam em potenciar equipas e jogadores, ao mesmo tempo que as conquistas se sucedem. Nestes doze anos, os adeptos viram Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Deco, Costinha, Maniche, Lisandro, Lucho, Falcao e Hulk abandonar o clube, só para citar os mais preponderantes, conseguindo conciliar elevados investimentos com resultados desportivos de eleição. A mística do clube, a estrutura portista, a liderança bem vincada de um presidente são claramente os factores responsáveis por este período claramente de ouro na história do clube. Quem é na opinião do leitor o principal responsável por esta excelente sucessão de resultados? Estará o FC Porto um passo à frente dos seus mais directos concorrentes? Sendo esta claramente a medida adequada à realidade económica do futebol português (o comprar barato para vender caro), como vê a aproximação do SL Benfica a este modelo de negócio (os encarnados estão cada vez mais próximos dos dragões neste capítulo)?
A. Carvalho
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