Hugo das Arábias

Estamos numa onda de despedidas. Outro jogador importante que dirá adeus aos seus adeptos este Sábado é Hugo Viana, disputando o seu derradeiro jogo no AXA antes de partir para o Médio Oriente. O médio está em final de contrato, não renovou e partirá agora para um cenário bem mais apetecível em termos económicos (já há algum tempo que se comprometeu com um emblema das arábias). Os adeptos certamente o ovacionarão, após uma era de sucesso dos gverreiros intimamente ligada à passagem do português pelo clube.

De facto, Hugo Viana é um dos melhores (se não mesmo o melhor) médios de sempre do Sporting Clube de Braga, tendo estado nos mais memoráveis momentos do clube. Chegou na época 2009-2010 e foi um dos estandartes do histórico segundo lugar minhoto. Em 2010-2011, o Braga chegou à final da Liga Europa, sendo apenas batido pelo FC Porto de Villas-Boas – e com o mérito de ter eliminado o Benfica. Em 2011-2012, novo lugar histórico na Liga (3.º) e boa presença europeia. Por fim, 2012-2013, até ver, quarto lugar na Liga e o primeiro título do Braga de António Salvador: a Taça da Liga. Não dizemos, como é óbvio, que é graças a Hugo Viana que o Braga alcançou estas marcas notáveis. Dizemos, isso sim, que o médio luso teve uma influência marcante nestes feitos, tendo sido um dos principais protagonistas. Com ele, o meio-campo da Pedreira subiu de nível, atingiu um patamar completamente distinto do que obrava alcançar sem ele. Há um futebol braguista com e sem Hugo Viana – e essa é a mais pura das verdades. Agora, o português pode sair com a noção de trabalho bem feito, pois foi com ele (não só, mas também) que o Braga granjeou uma posição bem vincada no topo da tabela da Liga e conquistou a dimensão e notoriedade que detém actualmente no futebol português. Resta saber, como vão os gverreiros superar a sua perda. No passado houve capacidade para colmatar outras saídas importantes e manter o clube num nível muito alto, mas pelo peso que Hugo Viana tinha dentro e fora de campo, a maneira como sentia o clube, a sua classe e dedicação; desta feita o desafio é enorme.

Visão da Leitora (perceba melhor como pode colaborar no VM aqui!): Inês Sampaio 

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