Braga perde no Estoril e fica mais longe da Liga dos Campeões; Minhotos estiveram a vencer mas estorilistas (que deram um passo importante rumo à Liga Europa) conseguiram a reviravolta (Steven Vitória já leva 9 golos no campeonato)

Estoril 2-1 Sp. Braga (Douglão 54' p.b. e Steven Vitória 68'; Mossoró 18')

O Sp. Braga pode ter comprometido de vez o acesso à LC (minhotos ficam a torcer por uma vitória do rival Vit. Guimarães frente ao Paços; pacenses podem acabar a ronda com uma vantagem de 6+1 a 3 jornadas do fim), depois de ter perdido por 2-1 na deslocação ao terreno do Estoril. Já os estorilistas, com este triunfo, subiram provisoriamente à 5ª posição (lugar de acesso à LE). Depois de um jogo em que os gverreiros chegaram à vantagem, mas que na 2ª parte não tiveram resposta para  a atitude e espírito competitivo da equipa orientada por Marco Silva. Em termos individuais, destaque para o grande jogo de Steven Vitória (9.º golo na Liga), sendo que Carlos Eduardo (merecia o golo no final) voltou a demonstrar que tem qualidade para estar noutro nível. No lado minhoto, nota para os bons 45 minutos de Mossoró (desapareceu no 2.º tempo) e para a exibição de Quim (impediu uma derrota com outras proporções).

Os primeiros minutos foram de claro ascendente por parte dos estorilistas, sendo que Steven Vitória, logo aos 7 minutos, esteve perto de inaugurar o marcador. Os minhotos equilibraram a partida e, pouco depois do primeiro aviso do Estoril, surgiu o 1-0 para o Braga, por intermédio de Mossoró, num cruzamento que traiu Vagner (o forte vento que se fez sentir teve influência). O encontro, depois do golo bracarense, subiu claramente de intensidade, numa altura em que as individualidades começaram a brilhar. Primeiro foi Mossoró que, com uma jogada de génio, esteve perto de aumentar a vantagem, depois foi Vagner a mostrar segurança entre os postes, defendendo as bombas de Carlão e Viana. Até ao intervalo, o Sp. Braga, claramente por cima do jogo, procurou o segundo golo, mas o resultado não sofreu quaisquer alterações. A segunda metade do encontro começou com mais do mesmo. Hugo Viana cobrou um livre junto ao primeiro poste e Vagner voltou a evitar o golo dos Gverreiros. Numa altura em que o forte vento incomodava, e de que maneira, os guardiões, surgiu o golo do empate. Boa iniciativa do lateral Jefferson que viu o seu cruzamento ser desviado por Douglão para a própria baliza. O Estoril, depois do golo, começou a incomodar bastante a defensiva bracarense (grande oportunidade de Carlos Eduardo isolado perante Quim) e o golo da reviravolta não tardou a aparecer. Evandro rematou rasteiro e Steven Vitória, num desvio fortuito, colocou a equipa de Marco Silva em vantagem. A equipa lisboeta estava muito mais forte do que o Braga no encontro (muitos desequilíbrios nas laterais) e não deixava a equipa minhota chegar perto da sua baliza. Os bracarenses, a partir dos 75', procuraram, com as entradas de Zé Luís e Hélder Barbosa, incomodar Vagner mas era o Estoril que, em ataques rápidos, criava perigo. Num desses lances, Elderson foi expulso por travar Carlos Eduardo, quando este seguia isolado para a baliza de Quim. Até ao final do encontro, o Estoril esteve muito perto de aumentar a vantagem no seguimento de dois livres-directos, mas o poste, numa primeira ocasião, e o guardião bracarense, numa outra, não permitiram que o resultado se altera-se.

Destaques

Estoril – Depois de uma primeira parte algo desinspirada, a equipa de Marco Silva (excelente trabalho do técnico português) não poderia ter dado uma resposta melhor. Muita intensidade, grande atitude e domínio claro no segundo tempo. Os estorilistas, apoiados numa grande prestação de Carlos Eduardo, criaram muitos problemas à defensiva minhota e a verdade é que o resultado, em virtude das muitas ocasiões de golo, peca por escasso. Steven Vitória esteve novamente imperial (já leva 9 golos no campeonato) e Jefferson (deu muita profundidade ao flanco esquerdo e esteve perto de marcar) voltou a demonstrar toda a sua qualidade.

Braga – Os arsenalistas até começaram bem o jogo (a vantagem ao intervalo é merecida), mas a segunda parte foi uma nulidade e o resultado até podia ter sido mais volumoso (o vento prejudicou claramente). A formação orientada por José Peseiro (deixou Alan no banco), no segundo tempo, sofreu muito, cometeu muitos erros defensivos e foi muito pressionada. Em termos individuais, destaque para a excelente primeira parte de Mossoró (muitos desequilíbrios) e para as boas intervenções de Quim. Em contra-partida, a defensiva bracarense – ao contrário do que tem sido habitual – cometeu demasiados erros e sofreu muito perante as investidas de Licá e Luís Leal.

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