Benfica vence nos Barreiros e fica mais próximo do título: Encarnados realizaram uma primeira parte paupérrima (o único remate deu em golo), reagiram no 2º tempo e chegaram ao triunfo num lance infeliz de Rossi

Marítimo 1-2 Benfica (Rossi 42´; Lima 5´g.p. e Rossi 72´a.g.)

O Benfica alcançou um triunfo complicado na visita à Madeira, numa exibição com duas caras. Durante os primeiros 45 minutos, os encarnados assistiram ao domínio madeirense, enquanto no segundo tempo, a equipa de Jorge Jesus criou boas ocasiões para chegar ao golo. Um jogo dos encarnados que voltou a ficar marcado pelos ferros (1 para o Marítimo e 2 para o Benfica) e por um auto-golo de Rossi a dar a vitória ao Benfica. Com este resultado, o Marítimo ficou mais longe da Liga Europa, apesar de ter mostrado qualidade para tal. Suk voltou a estar em evidência (deu grande trabalho à defensiva encarnada), Matic encheu o campo e Salvio foi decisivo nas duas áreas. Igor Rossi fez o golo do Marítimo, mas acabou por oferecer os 3 pontos ao Benfica, enquanto Lima, para além da grande penalidade convertida, ainda rematou por duas vezes aos ferros.

O jogo não podia ter começado melhor para o Benfica, com o golo de Lima, a castigar uma grande penalidade cometida por Márcio Rozário. A resposta dos insulares surgiu pelo mesmo jogador, que na sequência de um livre directo, acertou no poste da baliza de Artur. O Marítimo estava a encostar o Benfica ao seu meio campo, ao mesmo tempo que criava situações de perigo. Igor Rossi ficou perto do empate aos 31 minutos, num cabeceamento perigoso, e Sami, num remate desviado em Luisão quase batia Artur. Aos 42 minutos, Igor Rossi marcou mesmo, na sequência de um longo cruzamento do lado direito (o central apareceu completamente sozinho para cabecear). No segundo tempo, assistiu-se à reacção encarnada. Primeiro foi Rodrigo a desperdiçar na cara de Salin (remate ao lado), depois foi Lima a rematar à trave e ao poste. Os encarnados continuaram a criar grande perigo para a baliza do Marítimo e chegaram ao golo, à passagem dos 72 minutos. Jogada de Salvio, cruzamento e desvio infeliz de Rossi. Os insulares tentaram reagir ao golo, mas o melhor que conseguiram foi um remate de Fidelis para as mãos de Artur e um cruzamento perigoso do mesmo jogador.

Destaques:

Marítimo - Primeira parte de grande nível por parte dos insulares, que não deixaram o Benfica jogar e muito menos chegar com perigo à sua baliza (com a excepção do golo). Contudo, no 2º tempo, os madeirenses caíram de rendimento e nunca mais conseguiram incomodar Artur. Com este resultado, a Liga Europa ficou cada vez mais longe, numa temporada para esquecer nos Barreiros (apenas 3 vitórias, contra 8 empates e 3 derrotas). No plano individual, para além de Suk, destaque para a exibição de Igor Rossi (esteve em bom nível na defesa, marcou um golo, mas foi infeliz com o auto-golo) e Artur (o médio ofensivo esteve em todo o lado, criou desequilíbrios e tirou bons cruzamentos).

Suk - Esta época vimos poucos avançados a desgastar tanto a defensiva dos encarnados e a ter tanta qualidade nos seus movimentos como o sul coreano. Tem capacidade física, recebe bem a bola, sabe esperar pelos apoios e é intenso nas suas acções.

Benfica - Uma péssima exibição durante os primeiros 45 minutos (apáticos, sem organização ofensiva e com muitos passes errados), mascarada pela reacção no segundo tempo. Aí, os encarnados voltaram a criar bastantes ocasiões de golo, chegando à vitória de forma feliz (vitória essa que foi festejada como se do título se tratasse).

Matic - Mais uma excelente exibição do sérvio, sempre com grande qualidade na recuperação da bola e critério na saída para o ataque (para além de ter criado alguns desequilíbrios no ataque).

Lima/Salvio - O brasileiro esteve em destaque, pela grande penalidade conquistada e convertida, e pelos dois remates que levaram a direcção dos postes. O argentino esteve incansável no apoio defensivo (fez dois cortes que levavam selo de golo) e foi decisivo no 2º golo encarnado.

André Almeida/Maxi - Os dois laterais estiveram em evidência, mas pela negativa. O português nunca se adaptou ao lado esquerdo, cometeu vários erros (perdas de bola) e não conseguiu apoiar o ataque, enquanto o uruguaio voltou a mostrar que não apresenta a mesma qualidade da temporada passada.

Ola John/Rodrigo - Duas exibições pouco conseguidas. O holandês esteve pouco activo no lado esquerdo do ataque, raramente criou desequilíbrios e nas duas únicas vezes que teve a bola na área (no 1º tempo) perdeu muito tempo e acabou por desperdiçar duas hipóteses de remate. Já o espanhol, não conseguiu acertar nos cruzamentos, mostrou pouca mobilidade e ainda desperdiçou uma excelente hipótese para marcar.

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