Case-Study: O fenómeno português; 33,33% dos melhores do Mundo (jogadores/treinadores) nasceram em Portugal

Não obstante o grande debate à volta da eleição do melhor jogador do mundo, principalmente quem sairá vencedor do duelo Ronaldo/Messi , e da disputa pelo título do melhor treinador do ano, onde José Mourinho tem ainda uma palavra importante a dizer, há que reconhecer, independentemente dos resultados finais, que o facto de Portugal, nação pequena, à beira da bancarrota e sem qualquer título conquistado ao nível de seleções, cuja população pouco ultrapassa os 10 milhões de habitantes e que apresenta um singelo número de jogadores federados (150 mil atletas), ter dois representantes, entre seis candidatos finais (33,33% dos nomeados), é algo digno de nota e que constitui sem dúvida um autêntico case-study.

Analisando a nacionalidade dos restantes candidatos constatamos que existem três elementos espanhóis (dois treinadores, um jogador), cuja população e número de jogadores federados mais que nos quadruplica (46 milhões de habitantes e 700 mil jogadores federados) e um argentino, cuja população ascende aos 41 milhões de habitantes, dos quais 540 mil são jogadores federados (superior ao triplo),o que sublinha ainda mais o feito alcançado. Uma vez que quantidade não representa obrigatoriamente qualidade, importa assim referir alguns países que não só têm um muito maior número de praticantes do que Portugal, como apresentam uma coleção de troféus internacionais que os faz estar no topo da modalidade, nomeadamente Alemanha, Brasil, França, Holanda, Itália e Inglaterra, cujas nações têm zero representantes.

Será importante refletir nesta realidade, e constatar que apesar do pessimismo global, Portugal ostenta um lugar de relevo no futebol internacional muito por força destes dois excelentes exemplos de profissionalismo e glória. Goste-se ou não, ninguém pode deixar de reconhecer que Mourinho e Ronaldo colocaram Portugal na zona alpina e com lugar de destaque na principal modalidade desportiva a nível mundial.

Faltar-me-ia tempo para recordar com mais detalhe que no top 5 das maiores transferência de sempre de jogadores de futebol, dois são portugueses (Luís Figo e Cristiano Ronaldo), que os dois maiores valores jamais pagos pela transferência de um treinador são igualmente portugueses (José Mourinho e André Villas-Boas), e que o único treinador que conquistou os três principais campeonatos nacionais (Espanha, Inglaterra e Itália), e que atualmente é o mais bem pago na sua profissão, é com toda a naturalidade português (José Mourinho).

Visão do Leitor (perceba melhor aqui!): Sérgio Tomás

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