Drenthe, desempregado aos 25 anos depois de ter custado 14 milhões de euros ao Real Madrid; Ninguém quer o (mau profissional) holandês

Formado no Feyenoord, Royston Ricky Drenthe foi e continua a ser um caso de incógnita no futebol mundial. Depois de duas épocas ao serviço do clube de Roterdão onde jogou vinte e nove jogos, o internacional holandês mereceu a confiança do selecionador de sub-21 e foi convocado para o europeu da respetiva categoria em 2007. Foi aí que despertou o interesse dos melhores clubes do mundo ao ter sido considerado o melhor jogador da competição, arrecadando ainda o título de campeão europeu. No entanto, a cobiça não durou muito pois apenas alguns dias após o término da competição o Real Madrid concretizaria a aquisição do esquerdino por 14 milhões de euros.

Apesar de ser considerado uma das maiores promessas do futebol mundial, o holandês nunca chegou a alcançar as enormes expetativas que dirigentes e equipa técnica  merengue depositaram nele, muita por culpa da enorme concorrência que tinha na sua posição mas também pela sua irregularidade. Com pouco espaço no Real começou a ser emprestado, e os casos de indisciplina sucederam-se. Basta recordar o incidente que teve enquanto estava ao serviço do Hércules, quando foi apanhado pela polícia a conduzir a mais de 250 km/h após não ter respeitado seis sinais vermelhos. Mais uma temporada e novamente sem espaço no plantel merengue, o processo repete-se mas desta feita para o Everton. Época semelhante à anterior e mais um caso de indisciplina, chegando a ser autorizada a sua ausência dos treinos por tempo indeterminado, o que ditou o fim da sua época em Goodison Park. Terminada a sua quinta época ao serviço do Real Madrid, o contrato do holandês expira e o esquerdino fica livre. Foi associado a Besiktas e PAOK, mas nada se concretizou. Apenas é sabido que o jogador se ofereceu para voltar ao Feyenoord, no entanto o seu elevado salário e passado recente impediram a transferência. Passaram-se três meses e o internacional holandês continua desempregado, ainda à espera que um clube do seu agrado e capaz de acolher um jogador com a sua atitude o resgate e o consiga levar até onde todos esperavam que ele já estivesse. Por onde passa o futuro do holandês? Conseguirá o esquerdino algum dia confirmar o potencial que demonstrou no Europeu de 2007 (sub-21)? Polivalente (pode jogar a lateral esquerdo, extremo ou a médio), talentoso, ainda fez 60 jogos nos 3 anos que esteve no Real mas com a chegada de José Mourinho perdeu o pouco espaço que tinha no plantel, tendo sido emprestado uma época ao Hércules e outra ao Everton, onde não foi particularmente feliz (irregularidade e muita indisciplina). Mesmo assim, em Novembro de 2010 o seleccionador holandês Bert van Marwijk surpreendeu ao colocar o seu nome na convocatória permitindo que a “velha promessa” pudesse finalmente estrear-se com a camisola da sua selecção num embate contra a Turquia.

Visão do Leitor (perceba melhor aqui!): David Lopes

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