Jogos Paralímpicos Londres 2012

Depois dos Jogos Olímpicos de Verão, será hoje dado o pontapé de saída nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, com a cerimónia de abertura. Durante os próximos 11 dias, Londres voltará a ser o centro das atenções, com o início da competição para atletas com deficiência. Certamente não chega ao mediatismo dos Jogos Olímpicos, mas nos Paralímpicos, o esforço e dedicação dos atletas supera qualquer impedimento físico. Os Paralímpicos de Londres serão os maiores da história da competição, com cerca de 4200 atletas de 165 países (mais 19 em relação a Pequim 2008), a competirem em 20 modalidades. Para além disso, vão ser entregues 503 medalhas de Ouro (mais 201 que nos JO, devido à complexidade da classificação por deficiências – para manter igualdade entre competidores – vão existir 15 finais de 100 metros, por exemplo), um aumento de 30 em relação aos Jogos anteriores (o Atletismo oferece 170 medalhas de Ouro, a Natação 148 e o Ciclismo 50). Portugal estará representado por 30 atletas em apenas 5 modalidades (menor representação desde Barcelona 1992), fruto do pouco apoio que os paralímpicos portugueses têm (se os atletas olímpicos recebem um apoio mínimo, e quando recebem, o que dizer dos paralímpicos…). A história de Portugal em Jogos Paralímpicos é brilhante, com a conquista da 85 medalhas (25 de Ouro, 29 de Prata e 31 de Bronze). O Atletismo (50) e o Boccia (22) são as modalidades de excelência do movimento paralímpico português, enquanto os Jogos de 1996 e 2000 foram os melhores em termos de classificação (6 medalhas de Ouro em cada um e 15 medalhas no total em 2000). A prestação em Pequim foi a pior desde a estreia em 1972, com 1 medalha de Ouro, 4 de Prata e 2 de Bronze, por isso, um resultado melhor que o de 2008 já seria uma grande vitória para a comitiva portuguesa (devido ao grande investimento de outras nações no desporto adaptado, os Jogos de Londres serão os mais competitivos da história). 

Sara Duarte (Equitação), Filomena Franco (Remo), Adriano Nascimento (100 m bruços), David Grachat (50 m, 100 m, 400 m livres e 200 m estilos), João Martins (50 m costas), Simone Fragoso (50 m mariposa, 50 m, 100 m e 200 m livres), Abílio Valente (Boccia), Armando Costa (Boccia), Cristina Gonçalves (Boccia), Domingos Vieira (Boccia), Fernando Ferreira (Boccia), João Paulo Fernandes (Boccia), José Macedo (Boccia), Luís Silva (Boccia), Susana Barroso (Boccia), Firmino Baptista (100 m, 200 m e 4x100 m), Gabriel Macchi (5000 m), Gabriel Potra (100 m, 200 m e 4x100 m), Hugo Cavaco (200 m e 4x100 m), Inês Fernandes (lançamento do peso), Joaquim Machado (maratona), Jorge Pina (1500 m), José Alves (200 m, 400 m e 4x100 m), Lenine Cunha (salto em comprimento), Maria Odete Fiúza (1500 m), Nelson Gonçalves (lançamento do disco e peso), Nuno Alves (1500 m e 5000 m), Raquel Cerqueira (salto em comprimento), Ricardo Marques (lançamento do peso) e Ricardo Vale (1500 m e 5000 m) serão os 30 super-atletas portugueses na Grã-Bretanha. Boas hipóteses para Portugal conquistar medalhas? Que provas vão assistir? Que impacto têm os Paralímpicos no desporto mundial? Será que os atletas paralímpicos deviam ter tanta atenção como os olímpicos?

Etiquetas: