Jogos Olímpicos - Ciclismo

O ciclismo será uma das modalidades que cativará mais a atenção do público londrino. É uma prova bastante imprevisível (pela dificuldades em controlar a corrida, não teremos uma "Sky"), mas onde os britânicos têm legítimas aspirações, quer na prova em linha (com Mark Cavendish e uma equipa fortíssima), quer no contra-relógio (Bradley Wiggins é um dos principais candidatos).

Na prova em linha, na nossa opinião, há 6 fortes candidatos à vitória, que podemos dividir em dois grupos (o dos sprinters e o dos roladores): Mark Cavendish, que é o sprinter mais forte, é campeão do mundo, tem um grande comboio (embora com poucos elementos) e actua em "casa" (não tem grande peso, até pode ser um obstáculo), Greipel, que está cheio de confiança após as vitórias no Tour e tem uma equipa de sprinters para o levar ao ouro e Sagan, um dos melhores ciclistas do ano e também um homem muito rápido; e com características diferentes, Cancellara, que se estiver empenhado (veremos qual será a sua abordagem, pois terá o contra-relógio) poderá lançar um daqueles ataques impossíveis de parar, Gilbert, num mau momento de forma, mas que poderá surpreender (aliás qualquer um dos belgas que vão estar em prova costuma se destacar neste tipo de competições) e, finalmente, Boasson-Hagen, um excelente finalizador. Como é óbvio, é impossível prever um vencedor, as equipas apresentam no máximo 5 elementos (vai ser difícil controlarem a prova...vão haver muitos ataques), e depois com um pelotão tão rico tudo pode acontecer (Cadel Evans provou isso em 2009 nos Mundiais). Veremos o que fazem Rui Costa (num grupo reduzido é muito forte e pode vencer qualquer ciclista) e Manuel Cardoso (caso o pelotão chegue com muitas unidades pode fazer um Top-10).

No contra-relógio, há 3 claros favoritos. O principal será mesmo Bradley Wiggins, que venceu todos os crono em que participou em 2012 e poderá dar uma medalha de ouro à Grã-Bretanha. Terá a oposição de Cancellara, que até abandonou o Tour mais cedo para se preparar convenientemente, e de Tony Martin, que está longe do seu melhor, mas ainda é o campeão do mundo da especialidade. Haverá seguramente outras boas prestações, como Phinney ou Luis Léon Sanchéz, sendo interessante perceber o que poderá fazer Nélson Oliveira. Quem serão os vencedores das provas? Que ciclistas poderão surpreender? O que poderão fazer os portugueses?

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