Balotelli coloca a Itália na final do Euro 2012; Super Mario (que "fenómeno") diz presente, bisa (o 2º golo foi um dos melhores do torneio), elimina a Alemanha e contraria os planos do "Polvo"

Alemanha 1-2 Itália (Ozil 90'+1 g.p. , Balotelli 20' e 36')

A surpreendente Itália chegou à final do Euro 2012, depois de bater a favorita Alemanha. Um Super-Mario (Balotelli e não Gomez) foi suficiente para bater a defensiva alemã, numa partida com inúmeras ocasiões de golo. Balotelli apareceu ao mais alto nível e igualou Ronaldo, Mandzukic, Dzagoev e Gomez no topo dos melhores marcadores da competição. A "squadra azzurra" volta a uma final depois do título Mundial em 2006, enquanto que a Alemanha voltou a "morrer na praia", depois das meias finais em 2006, final em 2008 e meias finais em 2010 (poderá pesar em termos psicológicos). 

A Mannschaft até entrou melhor na partida e criou situações de golo, contudo, mostrou grande ineficácia. Pirlo salvou sobre a linha de golo um desvio de Hummels, enquanto que Barzagli quase fez auto-golo poucos minutos depois. Tony Kroos tentou por duas vezes o remate de fora da área, e a Itália respondeu da mesma moeda, com Montolivo e Cassano a testarem Neuer. Aos 20 minutos, Balotelli marcou o 1º golo do jogo. Excelente jogada italiana, com Cassano a rodar sobre Hummels e a cruzar para o cabeceamento do avançado siciliano. A partida estava animada e a Alemanha voltou à carga, com os remates de Ozil e Khedira (defesa de Buffon). Montolivo podia ter feito melhor pouco tempo depois, quando se isolou na área (tentou fintar em vez de rematar), mas aos 36´ redimiu-se com uma assistência para o 2º golo de Balotelli. O avançado do City isolou-se e rematou um míssil colocado e sem hipóteses para Neuer. 

Para a segunda parte, Low colocou Klose e Reus em jogo, por troca com Gomez e Podolski. A Alemanha voltou a entrar em bom plano, com Reus e Lahm a desperdiçarem boas hipóteses de golo, mas foi a Itália quem teve as melhores oportunidades para matar o jogo. Balotelli ficou perto do hat-trick, contudo, o seu remate saiu perto do poste. Na resposta Reus ainda rematou para grande intervenção de Buffon (a bola ainda foi à trave), mas a partir daí só deu Itália. A Alemanha carregava sobre o meio campo italiano, enquanto que a “squadra” partia para perigosos contra-ataques. Marchisio por duas vezes, falhou de forma escandalosa, Diamanti podia ter passado a bola para Di Natale, quando estavam 2 contra 1 e o próprio Di Natale rematou ao lado quando seguia completamente isolado. Nos últimos minutos, Hummels voltou a ficar perto do golo da Alemanha, mas foi Ozil a marcar o tento de honra dos alemães, através de uma grande penalidade. 

Destaques:


Itália - Antes do início do torneio, o VM referiu que esta Itália era a pior dos últimos 22 anos, pois faltavam as grandes figuras que habituaram os adeptos nos anos 90 e início do século XXI. Para além disso, grande parte do plantel para o Europeu não tinha nem 10 internacionalizações. Contudo, liderados por Buffon e Pirlo, a "squadra" tem revelado uma maturidade táctica genial, uma defesa que não tem falhado e dois atacantes em evidência (Balotelli e Cassano). Mérito para Prandelli, que soube montar uma estratégia para cada jogo, alterar a disposição da equipa no relvado e saber o momento ideal para lançar os suplentes.

Alemanha - A equipa alemã entrou bem na partida, criou ocasiões de golo, mas falhou de forma clara na defesa. A facilidades concedidas à "squadra azzurra" foram fatais, numa selecção que não funcionou como equipa ao longo dos 90 minutos. Apesar de terem criado situações de golo, a eficácia que marcou o futebol alemão desde o início da sua história, não apareceu em Varsóvia e a final Espanha-Alemanha caiu por terra. Depois das meias finais no Mundial 2006 e 2010 e da final do Euro 2008, a selecção alemã ficou novamente perto de conquistar algo, mas tarda em consegui-lo (poder pesar psicologicamente).

Balotelli - Não foi o homem do jogo para a UEFA, mas foi o jogador que decidiu a passagem da Itália à final. Bem posicionado no lance do 1º golo (ganhou a Badstuber), ficou novamente em destaque quando fugiu à defesa alemã e disparou um míssil em direcção da baliza de Neuer. Quase completou um hat-trick na segunda parte. Mostrou que, com a cabeça no sítio, pode bem ser um dos melhores do mundo na sua posição e é o candidato número 1 a melhor marcador do Europeu.

Pirlo/De Rossi - São os dois elementos chave do meio campo italiano. Enquanto De Rossi tem maior preocupação em destruir jogo, Pirlo mostra toda a sua classe no transporte de bola, na gestão do ritmo de jogo e no passe. Para além de terem uma qualidade a nível de posicionamento notável, conseguem sair a jogar e a lançar a "squadra" para o ataque. Actuações de grande nível nesta meia final.

Buffon - O guarda-redes italiano apenas não conseguiu deter a grande penalidade de Ozil. Sempre seguro entre os postes, voltou a ser um elemento em destaque na Itália, ao realizar defesas de grande nível.

Ozil/Khedira - Os melhores elementos da Alemanha, ainda que a anos-luz do que podem e deveriam fazer. O médio ofensivo tentou levar a Mannschaft para a frente, criou alguns desequilíbrios, mas não foi bem acompanhado, enquanto que o médio mais defensivo, apareceu por diversas vezes em zona de finalização, mas não deu a melhor continuidade.

Hummels - O central do B. Dortmund espelhou o que foi a exibição de toda a defensiva alemã. Deixou passar Cassano de forma infantil no 1º golo, entre muitos outros lances em que a Mannschaft foi apanhada em contra-pé. 

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