Gverreiros goleiam o Vit. Guimarães, vencem o derby do Minho e ficam a 3 pontos do 1º lugar; Boa 1ª parte e erros de Nilson permitem ao Braga depender apenas de si próprio para chegar ao título

Braga 4-0 Vit. Guimarães (Elderson 3´, Custódio 19´, Lima 77´ g.p. e Ukra 88´)

O Braga somou a 9ª vitória consecutiva na Liga, de maneira convincente goleou o rival Vit. de Guimarães (equipa que vinha de 5 vitórias nos últimos 6 jogos e não tinha sofrido golos nos últimos 3, tendo inclusive no último encontro derrotado o Benfica) e confirmou o seu estatuto de forte candidato ao título. 

Uma partida que começou com uma entrada muito forte dos gverreiros, que logo cedo chegaram ao 1-0 (Elderson aproveitou um erro de Nilson), pouco depois Custódio fez o 2-0 (novamente uma bola parada e  novamente Nilson a errar na saída ao cruzamento) e o encontro parecia resolvido, tal era a qualidade que o conjunto bracarense evidenciava, a juntar a isso Freire é expulso e o Guimarães que já pouco produzia (à excepção de uma cabeçada do próprio Freire e de uma fífia de Quim a fechar a 1ª parte, a turma vimaranense nada criou em termos ofensivos) ficou refém do passar dos minutos até final. No 2º tempo, o Braga baixou a intensidade que tinha evidenciado no 1º período, o Vitória conseguiu ter mais bola (mas sem criar perigo) e o jogo deixou de ter grande história. Até que nos últimos 15 minutos, a entrada de Mossoró, Ukra e Nuno Gomes voltaram a dar nova alma aos braguistas, e com isso o resultado ganhou outra expressão. Lima fez o 3-0 de penalti (falta infantil de N´Diaye sobre H. Barbosa), Ukra o 4-0 depois de uma boa jogada individual, enquanto que Nuno Gomes já nos descontos rematou ao poste num belo lance. Em suma, um resultado justo que traduz a supremacia do Braga e o bom momento da equipa de Leonardo Jardim dentro e fora dos relvados (belo ambiente no AXA antes, durante e depois da partida).

Destaques

Braga - Hoje juntou à certeza de depender de si próprio para chegar ao título (se ganhar as próximas 10 jornadas é campeão, independentemente do que façam Benfica ou Porto) o estatuto de melhor equipa a jogar em Portugal. Este conjunto de Jardim é o mais forte da história dos Minhotos em termos de pressão alta e transição defensiva (características que destacam as equipas grandes das pequenas) e está claramente num excelente momento: forma, confiança, qualidade técnica e táctica. Salino é um dos 3 laterais em melhor forma em Portugal, é notável a profundidade que dá no corredor direito; Rúben Amorim foi uma das melhores unidades em campo (excelente no passe e nas movimentações); Douglão e Nuno Coelho demonstraram segurança na defesa; Custódio juntou ao golo mais uma exibição de top no meio campo (contribuiu e muito para a pressão e agressividade que os minhotos aplicam em campo); e apenas Quim (dois erros em duas saídas que podiam ter tido outra consequência) não esteve ao nível dos restantes. 

Lima - Passou a ser o melhor marcador da Liga com 15 golos, mas o seu trabalho na frente até justificava mais golos. Excelente nas movimentações e a explorar a sua velocidade, por mérito próprio (é o avançado a jogar em Portugal que está menos dependente das acções dos seus companheiros) quer nas transições, de cabeça ou à ponta-de-lança apenas por mera infelicidade não ampliou a sua conta no marcador. 

Vit. Guimarães - Entrou no jogo com o pé esquerdo e nunca mais se encontrou. Nilson contribuiu para o mau início dos vimaranenses e deu 2 "frangos", Freire alimentou ainda mais esta nuvem negra e foi expulso de maneira infantil, e apenas João Alves (boa 1ª parte, e o único do Vitória a conseguir fazer posse de bola) e Edgar (bom trabalho na frente, mas sempre pouco acompanhado) escaparam à mediocridade. Em suma, muito pouco para uma equipa que vinha de uma boa vitória diante do Benfica e que tinha vencido 5 dos últimos 6 jogos. A luta pelo 5º lugar ficou igualmente mais complicada.

Hugo Viana - A melhor unidade em campo. Uma 1ª parte do melhor que se viu esta época em Portugal (a juntar a muitas que o médio tem protagonizado esta época), onde juntou duas assistências um domínio total das operações: excelente no passe, excelente a avaliar os momentos do jogo.

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