Golaço de Izmailov permite ao Sporting manter o contacto com Marítimo e Braga; Sá Pinto soma a 3ª vitória em 4 jogos

Sporting 1-0 Rio Ave (Izmailov 35´)
Sem deslumbrar (mesmo assim o conjunto leonino rubricou a melhor 1ª parte de 2012) o Sporting venceu de maneira justa o Rio Ave e somou a 2ª vitória consecutiva na Liga (o que já não acontecia desde Novembro). Sá Pinto conseguiu assim a sua 3ª vitória consecutiva e mantém os leões na corrida pelo 3º lugar (a turma de Alvalade está agora a 11 pontos do 1º, e depois do descalabro que foi a Era Domingos e a certeza que a sua continuidade iria resultar num Sporting a mais de 20 pontos do campeão, não deixa de ser sintomática esta senda vitoriosa do conjunto leonino).

No que diz respeito à partida, acabou por ser um golaço de Izmailov (o russo driblou 2 jogadores com classe e fora da área rematou para a vitória do Sporting) a desbloquear um encontro em que os leões juntaram velocidade e criatividade na 1ª parte, justificando nesse período a vantagem no marcador e a própria vitória. Insúa falhou o 1-0 de uma forma incrível logo a abrir, Capel incutiu velocidade, e os leões iam acumulando triangulações em terrenos ofensivos. O Czar aos 35´ fez o 1-0, e o encontro deixou de ter história. Na 2ª parte o Sporting limitou-se a gerir e não criou perigo, enquanto que o Rio Ave à excepção de 2 remates de Atsu e uma boa oportunidade de João Tomás (ainda no 1º tempo na sequência de um livre) e outra por Anselmo nunca demonstrou ter soluções para contrariar o marcador. Em suma um resultado justo pela excelente pela 1ª parte do Sporting, mas que em termos práticos se resume ao excelente golo de Izmailov (curiosamente o único remate dos leões à baliza durante os 90).

Destaques


Sá Pinto - Conquistou a 3ª vitória consecutiva e mais do que isso é notório que este Sporting está mais organizado defensivamente - menos espaços entre linhas e uma protecção clara aos contra-ataques da equipa adversária, algo que com Domingos era recorrente - juntando a isso outra agressividade e atitude. Falta ao técnico leonino melhorar os processos ofensivos (Wolfswinkel hoje não foi servido na frente), no entanto com 4 jogos em 12 dias, parece claro que seria impossível em tão pouco tempo conseguir mais (Domingos depois de 34 jogos deixou uma equipa sem fio de jogo e infantil nos vários momentos de jogo). Por último, sem Matias em campo parece claro que os leões devem melhorar as situações de bola parada, com Domingos Carriço e Polga executaram esses lances por algumas vezes e hoje coube ao brasileiro a cobrança dos livres descaídos para a esquerda, algo que na teoria não será a melhor opção.

Rio Ave - A equipa perdeu alguma da chama que já evidenciou esta época. Faltou velocidade e capacidade de incomodar a defensiva leonina, contudo, mérito para o Sporting que estudou a turma vilacondense e percebeu como anular a dinâmica dos seus alas. Sony e Atsu com a irreverência e velocidade que os caracteriza foram 2 dos elementos em destaque, o ganês criou dificuldades a João Pereira e ainda fez os 2 melhores remates do Rio Ave; João Tomás esteve apagado mas podia ter feito o 1-0 num falhanço da defensiva leonina; enquanto que Gaspar anulou Wolfswinkel.

Izmailov - O melhor elemento em campo. Curiosamente o golo acontece quando o russo apareceu no miolo, zona onde claramente rende mais. Juntou ao espectacular tento, uma qualidade superior em termos de decisão (entre o 10 e Capel é ir do 80 ao 8) e uma excelente atitude em termos defensivos.

Xandão/Polga - Não tiveram grandes problemas em termos defensivos, mas mesmo assim denotaram competência e tranquilidade. Xandão (o VM foi o único meio de comunicação em Portugal a elogiar a sua contratação, curiosamente criticamos a aquisição de Ribas ao contrário da generalidade) esteve imperial no jogo aéreo e voltou a demonstrar que para central apresenta uma boa velocidade; enquanto que Polga apesar de um lance onde foi batido por Anselmo foi importante na recuperação de bola em terrenos adiantados.

Insúa/Carriço - Duas das melhores exibições do Sporting. O argentino deu grande profundidade do lado esquerdo, enquanto que o médio foi competente à frente da defesa leonina.

Boeck/Capel - O brasileiro na sua estreia na Liga ao servido dos leões quando foi chamado a intervir disse presente; já o espanhol apesar de ter esticado o jogo e tido um papel activo na 1ª parte acabou (devido à sua falta de visão de jogo) por decidir sempre mal todos os lances ofensivos do Sporting (mal no último passe, mal no cruzamento, mal na decisão).

Elias/Schaars - Voltaram a demonstrar a intensidade (principalmente o brasileiro) que evidenciaram em Outubro o que claramente catapultou o Sporting para uma boa 1ª parte.

Wolfswinkel - Acabou o jogo sem fazer um remate. Praticamente não foi servido pelos companheiros (excepção para uma assistência de Pereirinha) e a jogar numa "ilha" limitou-se a fazer trabalho defensivo.

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