Benfica não passa do nulo em Coimbra; Encarnados não marcam pelo 2º jogo consecutivo, somam o 3º sem vencer e na semana antes do clássico podem ser igualados no 1º lugar da Liga pelo Porto

Académica 0-0 Benfica

Os encarnados somaram mais um resultado negativo na véspera de receber o FC Porto para um dos jogos da temporada. Depois das derrotas em São Petersburgo e Guimarães, os encarnados não conseguiram dar a volta à resistência conimbricense e podem ver o FC Porto chegar à Luz igualado em pontos e o Sp. Braga a apenas três.

Quanto à partida, o jogo teve uma primeira parte de fraco nível, com a Académica bastante recuada e o Benfica inofensivo no ataque. Não houve qualquer oportunidade de golo, o que fez com que Jorge Jesus tivesse retirado Matic e colocado Nélson Oliveira para a segunda parte. Foi o jovem português que teve nos pés a primeira ocasião de golo, logo aos 20 segundos, mas rematou para fora quando seguia em boa posição para marcar. Magique, do outro lado, falhou o melhor lance dos estudantes, quando também estava em boa posição para marcar. A Académica apostava tudo no contra-ataque, perante um Benfica mais balanceado ofensivamente. Bruno César num cruzamento/remate podia ter marcado, enquanto que Flávio Ferreira cortou contra a própria trave, um cruzamento de Nélson Oliveira. O jogo estava interessante, com Diogo Melo a responder com a sua forte meia distância (defesa de Artur). Na resposta, Nélson Oliveira voltou a surgir na cara de Peiser, mas o guarda-redes francês levou a melhor. Pouco tempo depois, foi Bruno César a voltar a colocar à prova o francês e o jogo foi perdendo emoção até final. A Académica tentou no contra-ataque, mas sem grande sucesso, enquanto que Nélson Oliveira voltou a falhar uma excelente oportunidade de golo.

Destaques:

Jorge Jesus - Por norma um jogador que está no banco (e considerando os quase 30 jogadores que fazem parte do plantel encarnado, portanto não estava por falta de opções) pode jogar e dar o seu contributo. Nesse sentido, parece pouca lógica a titularidade de Matic em detrimento de Javi. A juntar a isso, o treinador encarnado voltou a falhar (não só na arrogância do discurso antes da partida) como nas próprias substituições, a saída de Aimar por Djaló nada acrescentou e mesmo Gaitán (sem estar a fazer uma boa exibição) saiu demasiado cedo (Nolito entrou e pouco fez).

Académica - Vive um período de crise de resultados e hoje juntou a isso algumas ausências que motivaram que Pedro Emanuel tivesse de actuar com um médio a defesa central, estreasse um central e um ala, e jogasse com um 8 a trinco. Não obstante essas contrariedades, o conjunto de Coimbra demonstrou uma excelente coesão defensiva, e à excepção da 1ª metade do 2º tempo anulou as movimentações do Benfica.

Nélson Oliveira - Foi do 80 ao 8; ao 80 porque mesmo só tendo jogado na 2ª parte foi dos melhores elementos do Benfica e deu uma dinâmica enorme nos momentos ofensivos, ao 8 porque falhou as melhores oportunidades de golo da partida.

Maxi/Garay - Duas das melhores unidades do Benfica. O uruguaio voltou a fazer uma exibição em excesso de velocidade, dando uma enorme profundidade no seu corredor a que juntou várias situações de perigo; enquanto que o argentino protagonizou uma exibição exemplar no centro da defesa encarnada.

Cardozo - Foi uma unidade a menos no Benfica, pois raramente conseguiu superiorizar-se à defensiva da Académica. Não fez uso da sua altura, nem do seu pé esquerdo, mesmo depois da entrada de Nélson Oliveira para o seu lado.

Emerson - Conseguiu alguma incursões pelo lado esquerdo, contudo, raramente colocou a bola em condições na área. Na defesa, a tremideira habitual, mesmo não tendo uma Académica apostada em atacar pelo seu lado.

Gaitán/Bruno César - O argentino voltou a mostrar dificuldades em colocar em campo o seu toque de bola e foi preterido por Jorge Jesus a meio da segunda parte; já o brasileiro podia ter marcado por duas ocasiões, mas fez claramente uma exibição muito abaixo do esperado.

Flávio Ferreira - É médio, mas hoje foi adaptado a central, acabando por ser uma das melhores unidades em campo. Aos 20 anos tem somado exibições positivas e é um dos bons exemplos que a aposta nos jovens portugueses pode dar resultado.

Peiser - O melhor elemento do jogo, com várias intervenções de grande nível. O guarda-redes francês conseguiu parar o ataque do Benfica e garantiu um ponto para a Briosa.

Cedric/Adrien - Duas exibições bem conseguidas dos jovens emprestados pelo Sporting à Académica. O vice-campeão do mundo de sub-20 esteve bastante seguro no lado direito da defesa, enquanto que o médio voltou a encher o meio campo da Briosa.

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