Porto derrota o Braga e continua na liderança; Mais um encontro que foi Hulk e os outros

FC Porto 3-2 Sp. Braga (Hulk 36' e 78' e Kléber 82'; Lima 89' g.p. e 90+1')

Resultado com golos a mais e futebol a menos, e que provou que este Porto é Hulk. Os azuis e brancos foram superiores, justificaram a vitória, continuam na liderança da Liga e Vítor Pereira continua a respirar. Por sua vez, o Braga que até ao 1º golo portista, estava por cima na partida, ficou muito aquém do que realizou em Alvalade e com esta derrota praticamente diz "adeus" à possibilidade de ficar nos 2 primeiros lugares do campeonato.

No que diz respeito ao encontro, acabou por ser pobre, sem emoção e com pouca intensidade. Os lances de destaque foram quase nulos sendo que na 1ª parte à excepção do golo de Hulk (de cabeça) apenas uma oportunidade do Incrível e um "falhanço" de Paulo César "sacudiram" a partida. O tento portista e a maior capacidade do meio campo azul e branco anularam o Braga por completo, e a 2ª parte foi desenrolando sem grandes motivos de interesse, até que o Hulk com um belo golo de fora da área, respondeu a um ligeiro ascendente do Braga com a entrada de Hélder Barbosa, e praticamente "matou" a partida. Pouco depois Kléber faz o 3-0 fruto do trabalho do Incrível, e o jogo parecia resolvido. Em cima do minuto 90 Lima no espaço de 2 minutos fez 2 golos, o Porto ainda tremeu, mas o jogo estava no fim.  

Destaques

Meio Campo - Em jogos pobres e com pouca intensidade por norma é nesta zona que tudo se decide, e nesse capítulo o trio do Porto foi claramente mais forte que o rival bracarense. Fernando engoliu Mérida, Defour e Moutinho estiveram em bom nível e com a sua mobilidade e velocidade foram claramente melhores que os lentos Viana (o português à excepção dos últimos 5m, onde começou aparecer na partida, esteve irreconhecível no capítulo do passe e visão de jogo, e acabou por ser dos piores elementos do Braga) e Djamal.

Porto - Os adeptos querem a cabeça de Vítor Pereira (ou queriam, porque isto no futebol ir do 8 ao 80 e do 80 ao 8 é coisa de segundos), e ele responde com a liderança na Liga. Apesar do 3-0 e depois do 3-2, a verdade é que os azuis e brancos não realizaram uma boa exibição. Uns podem apelidar de q.b. , mas faltou intensidade, velocidade, qualidade em termos das movimentações e é notório que os erros defensivos ainda são demasiado evidentes. Por outro lado parece claro que Hulk sozinho faz tudo no Porto, se é certo que o Incrível é jogador dos azuis e brancos e apenas faz o que lhe compete (não é por acaso que fez parte da lista do VM dos melhores do Mundo), também é visível que o elenco portista é o brasileiro e pouco mais.

Braga - No espaço de uma semana o conjunto minhoto foi eliminado na Taça de Portugal e praticamente disse adeus à possibilidade de chegar ao título e inclusive ao 2º lugar (que dá acesso directo à LC). É certo que Jardim pode culpar as quase 10 ausências e dizer que em Alvalade faltou sorte, mas hoje foi evidente que houve pouca atitude, depois do 1-0 existiu mesmo algum "baixar de braços" e em termos técnicos o treinador madeirense demorou demasiado tempo a perceber que Paulo César pouco acrescentava e que a presença de Djamal (depois de ter entrado Souza no Porto) em campo não fazia sentido.

Hulk - Melhor jogador em campo. Dois golos, um invulgar de cabeça e outro na sequência de um belo remate de fora da área, e uma assistência, num encontro em que o Incrível até começou com o pé esquerdo (neste caso direito) com várias decisões erradas e precipitadas (curiosamente até estava a ser assobiado pelos seus adeptos).

Ewerton/Salino - Duas exibições positivas na turma bracarense. O central esteve seguro e demonstrou qualidade no capítulo do desarme, já o lateral adaptado correspondeu bem defensivamente e ainda foi dos poucos elementos minhotos a procurar aparecer e dar movimentações e linhas de passe na zona ofensiva.

James/Alvaro - O colombiano está longe do que já demonstrou no passado. Sem confiança, sem velocidade, sem chama, apesar da assistência para o 1-0, pouco ou nada desequilibrou; Por sua vez, e no sentido oposto aparece o uruguaio, que volta a demonstrar a capacidade física do passado e com isso a dar uma maior profundidade no seu flanco. Na 1ª parte até ao 1-0 estava a ser o melhor elemento do Porto.

Quim - Algumas defesas de bom nível, mas muitas culpas no 1º golo portista.

Paulo César/Alan - O 1º está completamente irreconhecível, muito lento, pouco intenso, muito longe do que produziu no passado. Já Alan hoje nunca conseguiu ser o elemento mais e desequilibrador que costuma ser.

Lima - Bisou, na 1ª parte foi o jogador mais interventivo do Braga, mas raramente teve apoio dos médios. Destaque para a bela assistência para Paulo César, que o brasileiro acabou por falhar.

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