Porto perde na Rússia; Erro de Helton, expulsão de Fucile e exibição muito pobre...azuis e brancos salvaram-se de uma goleada!

Zenit 3-1 Porto (Shirokov 20´e 63´, Danny 71´; James 10´)

Um Porto irreconhecível (podia inclusive ter sido goleado pelo Zenit tantas foram as oportunidades claras de golo falhadas pelos russos) saiu da Rússia com zero pontos e uma exibição deprimente (os azuis e brancos praticamente só fizeram um ataque em 90´). Apesar desta derrota, neste grupo perigoso (como o VM sempre mencionou), o conjunto de Vítor Pereira terá apenas de garantir 6 pontos frente ao Apoel de modo a não condicionar a sua passagem à próxima fase. Danny (seria titular em qualquer grande de Portugal) e o trio de médios russos composto por Denisov, Shirokov e Zyryanov ("abafaram" por completo a equipa portista, então com a passagem de Fernando para lateral, Moutinho voltou a demonstrar o jogador normal que é) foram determinantes para a exibição brilhante da turma de São Petersburgo (valeu ao Porto a displicência de Kerzhakov).

No que diz respeito ao encontro, começou praticamente com o golo de James, pouco depois Shirokov empata aproveitando um erro de Helton. Já perto do intervalo, Fucile é expulso de maneira infantil, e com isso, o Zenit que já dominava o encontro partiu para uma 2ª parte onde criou uma dezena de oportunidades de golo e sufocou por completo o Porto. Os golos foram aparecendo com naturalidade, quase sempre aproveitando os rasgos de Danny e as bolas nas costas da defensiva portista. Em suma, uma vitória do Zenit que até peca por escassa perante um dos piores Porto de sempre na Liga dos Campeões.

Destaques

Alvaro Pereira - Voltou a demonstrar (já tinha acontecido o mesmo frente ao Benfica) que está mal física e psicologicamente. Foi uma nulidade a defender e tecnicamente não consegue disfarçar as suas limitações.

Danny - Melhor jogador em campo. Marcou um golo, desequilibrou, esticou o jogo, e encheu o terreno de jogo com a sua técnica.

Vítor Pereira - Apesar da saída por lesão de Kléber e da expulsão de Fucile, voltou a cometer erros gritantes. Tirar James (quando é um dos jogadores do Porto em melhor momento), colocar Fernando a lateral (e perder assim a capacidade de recuperação da bola no meio campo) e não meter Defour mais cedo (quando Moutinho nada conseguia fazer) é algo que faz pouco sentido. O treinador portista fica ligado a uma das piores exibições da história do Porto.

FC Porto - Terceiro jogo seguido sem vencer, falta de alternativa no banco a Kléber (por acaso até saiu lesionado) e erros demasiado infantis para uma equipa que nos habituou a apresentar grande postura na Europa do futebol. Os dragões apresentaram-se sem ideias (valeu o rasgo de Hulk no único golo), sem meio campo e sem pernas para os musculados russos. Caso o Porto não vença em Coimbra, as coisas poderão ficar mal para o lado de Vítor Pereira.

Zenit - Não fosse o deslize no Chipre e os russos estavam em posição favorável no grupo G da Liga dos Campeões. Hoje voltaram a demonstrar a mesma qualidade futebolística que apresentaram no ano em que conquistaram a Taça UEFA, com um meio campo bastante forte, um ataque móvel e grande rapidez nas saídas para o ataque. Danny soube ocupar bem os espaços na frente de ataque, sair com a bola controlada e servir os seus colegas, enquanto que Zyryanov e Denisov controlaram o meio campo. Shirokov foi o homem golo (nunca tinha marcado para as competições europeias) e Kerzhakov mostrou porque falhou no Sevilha (grande desacerto na finalização).

Helton - Falhou no 1º golo do Zenit e pouco pode fazer para travar a ofensiva russa.

Fucile - O lateral uruguaio foi uma unidade a menos no jogo portista, tal foi a forma displicente como se "auto-expulsou". Uma partida para não esquecer!

J. Moutinho/Belluschi - A dupla portista foi completamente "abafada" perante o meio campo russo. Pouca criatividade, muitos passes errados e grande incapacidade em servir James, Kleber e Hulk.

Hulk/James - O colombiano marcou o golo do Porto, contudo, nunca apareceu na partida, nem conseguiu um dos seus habituais rasgos. Já o brasileiro teve grande mérito no golo de James, lutou bastante, mas perante a defensiva russa e a inoperância total dos dragões, de nada valeram os esforços.

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