Moreira decisivo na vitória do Benfica na Taça da Liga!

Benfica 2-1 P.Ferreira (F.Jara 17' e J.Garcia 42'; Luisão 50' a.g.)

O Benfica venceu a 4º edição da Taça da Liga, ao derrotar na final de Coimbra o Paços de Ferreira por 2-1. Os encarnados conquistaram a prova pela 3ª vez consecutiva.

O clube da Luz ficou perto de marcar logo aos 3', num remate de Saviola que tirou tinta do poste da baliza de Cássio. A resposta do Paços foi imediata, um contra-ataque rápido que Maykon desperdiçou na grande área.  O golo do Benfica surgiu numa insistência de Fábio Coentrão do lado esquerdo, que cruzou para o desvio de Jara. Os "castores" procuraram reagir e, à passagem da meia hora, Pedro Proença assinala grande penalidade, defendida por Moreira, que evitou o empate. Nesta fase, a equipa da capital do móvel procurou integrar mais homens no ataque, mas quem dilatou a vantagem foi mesmo o Benfica, por intermédio de Javi Garcia. Ao intervalo, a vantagem afigurava-se justa.

Na segunda parte, o encontro mudou totalmente de figura. Os comandados de Rui Vitória, sem nada a perder, surgiram muito mais afoitos na procura do golo. Um lance caricato protagonizado por Luisão, que desviou a bola do alcance de Moreira, permitiria a aproximação no marcador. Do lado contrário, André Leão quase imitava o capitão encarnado, porém, a bola embateu no travessão. A pressão pacense intensificava-se, surgindo o guardião benfiquista em destaque. Várias intervenções de excelente nível possibilitaram ao Benfica a manutenção da vantagem. O técnico Jorge Jesus, com algum receio, povoou o meio campo com a entrada de Peixoto (que depois iria para lateral, com Coentrão a adiantar-se) e de Airton,  para jogar ao lado de Javi. Até final, apesar de muita luta, o empate não chegou e as águias somaram novo triunfo na Taça da Liga, o terceiro em quatro edições. O Paços sai de cabeça erguida, perante um Benfica que estava algo ansioso, sob pressão, o que se fez notar principalmente no segundo tempo.

Destaques: 


Moreira - O guardião encarnado, que raramente jogou nesta temporada, foi o grande destaque do encontro.     No primeiro tempo, defendeu uma grande penalidade (ainda que mal batida) e no segundo teve várias intervenções que negaram o golo ao conjunto pacense.

Luisão - Erro nada habitual no experiente capitão encarnado, que poderia ter comprometido o desfecho da partida. Fora isso, realizou uma exibição segura, assistindo ainda Javi no segundo golo.

Benfica - Os encarnados tinham uma grande pressão sobre si, depois da eliminação em casa frente ao Porto na Taça de Portugal. A equipa encarnada foi totalmente assimétrica na primeira fase do encontro, utilizando apenas o flanco direito para procurar o golo. Na primeira vez que Fábio Coentrão subiu no lado contrário, o golo surgiu. Sem grande pressão por parte do adversário, os comandados de Jorge Jesus controlaram a primeira parte ao seu belo dispor. No segundo tempo, a ansiedade de conquistar o troféu foi penalizadora para as águias, que tiveram grandes dificuldades em suster o "compatriota" David Simão (formado na Luz). Com mais homens no ataque do Paços, esteve bem o treinador a colocar Airton lado a lado com Javi, e a adiantar Coentrão na procura da saída rápida.

Paços de Ferreira - A equipa de Rui Vitória deixou uma boa imagem nesta final da Taça da Liga. A estratégia inicial passou por uma atitude de maior expectativa, face ao maior poderio do Benfica. O golo de Jara obrigou a uma alteração nos planos, sendo necessário chegar ao empate. Sem nada a perder, os "castores" pressionaram bastante os encarnados no início da segunda parte, com um futebol muito positivo, a que esta equipa nos habituou.

Jara - Exibição esforçada do argentino. Marcou o primeiro golo, apoiou bastante Fábio Coentrão a nível defensivo (Maxi na fase final) e lutou muito, faltando-lhe apenas uma maior ponderação nas tomadas de decisão.

Fábio Coentrão - Um jogo ao seu nível. Fez a assistência para o golo de Jara, e deu bastante profundidade pelo flanco esquerdo. Não teve grandes problemas a nível defensivo.

David Simão - A destacar um homem do lado do Paços, sem dúvida o internacional esperança. Grande partida do médio português, sempre eficaz a lançar o contra-ataque, não sendo rápido, mas com uma exímia qualidade de passe. Quase marcou numa grande jogada individual na segunda parte.

Javi Garcia - O espanhol comandou as operações do meio campo no primeiro tempo, a variar muito bem o flanco de jogo. Aproveitou a falha de marcação na defesa do Paços para fazer o 2-0. Na segunda parte, mais dificuldades, fruto também do desgaste da partida com o Porto.

Cardozo - Quando tocou na bola, foi para ouvir os assobios do público, fartos do seu pouco empenho na disputa dos lances. Falhou um remate em boa posição, que poderia dar o 3-1, cometendo vários erros ao longo do encontro. 

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