D10S faz 50 anos!


Hoje é dia de festa em toda a Argentina e Nápoles, pois “El Dios” celebra os 50 anos de vida. Meio século de altos e baixos, com 21 anos passados como jogador profissional. Diego Armando Maradona é considerado por muitos como o melhor jogador da história do futebol, superando mesmo o rival brasileiro Pele.

Maradona estreou-se pelos Argentinos Juniors aos 15 anos e aí ficou 5 anos (até 1980). Pelo clube colorado marcou 115 golos em 167 jogos e apesar de não ter conquistado nenhum titulo, chamou a atenção do Boca Juniors, onde jogou na temporada de 1981 (campeão e 28 golos em 40 jogos). Antes de assinar pelo Boca, o genial argentino já tinha feito a estreia na selecção principal do seu país, em 1977, com apenas 16 anos. No ano seguinte, entrou para o lote de 25 jogadores pré-convocados para o Mundial 1978, no entanto, Menotti acabou por retirá-lo dos 22 jogadores finais “por ser demasiado novo e poder não aguentar a pressão”. Em 1979 foi campeão do Mundo de sub-20, levando a sua Argentina às costas no Japão. Depois de um ano ao serviço do Boca Juniors, viajou até à Catalunha onde permaneceu durante 2 anos, algo duros (entradas violentíssimas), como as partidas disputadas frente ao bi-campeão Athletic Bilbao.

A saída para o Nápoles acabaria por elevar o mito do jogador, levando uma equipa de meio da tabela a 3 títulos inéditos na história do clube (2 scudettos e 1 Taça UEFA), mais dois vice-campeonatos e um terceiro lugar. Numa altura em que a Serie A tinha verdadeiros planteis de luxo, Maradona conseguiu ser o Rei, numa cidade que nunca o irá esquecer. A única visita do Dios a Portugal como jogador de futebol aconteceu precisamente para a Taça UEFA, na temporada 1989-90, com os italianos a derrotarem o Sporting através das grandes penalidades. O jogo em Itália ficou famoso pela aposta entre Ivkovic e Maradona, com o jugoslavo a defender a grande penalidade marcada pelo argentino. No ano seguinte, no Mundial 90, os dois jogadores voltaram-se a encontrar, desta vez ao serviço das selecções e o jugoslavo voltou a defender uma grande penalidade de Diego (apesar disso, Nápoles e Argentina avançaram nas duas provas).

No entanto, a carreira do jogador nunca mais foi a mesma a partir do início da década de 90, com os primeiros abusos de droga e fuga a controlos anti-doping. O jogador foi suspenso durante 15 meses, tendo regressado a Espanha para representar o Sevilha na temporada 1992-93. No ano seguinte voltou para o país natal, onde ainda cumpriu algumas épocas pelo Newell´s Old Boys e Boca Juniors.

Na selecção albiceleste, Maradona jogou por 91 vezes, tendo marcado 34 golos. Conquistou o Mundial de 1986, levou a Argentina à final de 1990 e ainda participou em 1982 e 1994. Nesse tempo, a Argentina era Maradona mais 10, com o mago argentino a ser o alvo a abater pelos adversários. A dureza do futebol nos anos 80 era tal, que no Itália-Argentina (1982), sofreu 23 faltas. Entradas violentas e a pés juntos (um clássico) eram o prato do dia, pelo que não se pode comparar Messi com Maradona, pois actualmente, os árbitros protegem muito mais o jogadores do que há 20 atrás.

Para história fica um jogador com o melhor pé esquerdo de sempre, uma técnica elevadíssima e o melhor artista com a bola nos pés. Diego Armando Maradona tratava a bola por tu, fazia o que queria com ela, incluindo alguns dos melhores golos da história do futebol.

Mais uma vez fica a questão: terá sido Maradona o melhor jogador da história?

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